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Terça-feira, 30 / 06 / 15

PULSEIRAS SOS

Chega a Primavera e começam os passeios, acampamentos, o tempo começa a convidar as atividades ao ar livre. Daqui a nada está ai o Verão e os festivais de música, as praias e as piscinas enchem-se de gente. É também tempo de viagens maiores em família para o estrangeiro, para destinos onde muitas vezes a sensação de segurança é menor.

Para os pais começa a preocupação de saber sempre onde estão os seus filhos pequenos, não vão eles desaparecer no meio da multidão ou se perderem e não saberem o caminho de casa ou do hotel.

Para quem pratica desporto, que corre, anda de bicicleta, surfa ou outros desportos individuais ao ar livre começa também a época alta. E todos têm o problema de não andarem identificados.

Mas felizmente há hoje em dia uma solução simples e barata que resolve este problema: uma pulseira identificadora! As pulseiras identificadoras permitem de imediato fornecer dados de contacto e até, em alguns casos de maior emergência, salvar vidas!

Graças à tecnologia hoje disponível, em especial aos telemóveis, à internet e aos códigos de barras inteligentes (QR), as pulseiras podem ser muito mais versáteis e úteis do que a tradicional chapa metálica impressa na pulseira.

Uma pulseira deste género ao ser lida por um telemóvel pode fornecer a localização GPS, enviar um e-mail para os pais ou outros contactos pré-definidos, e indicar informação de saúde de emergência (como grupo sanguíneo, alergias, medicação, …), para além naturalmente dos tradicionais dados telefónicos e morada.

Estas pulseiras ao serem lidas por um smartphone com acesso à Internet, acedem a uma página pessoal onde consta a informação sobre o utilizador, previamente introduzida. Nesse mesmo momento é enviado um e-mail, pré-definido pelo utilizador ou responsável, indicando que a pulseira foi lida e, caso o smartphone tenha o GPS ligado, é indicada também a localização do utilizador da pulseira.

Os dados são editados online, numa página de acesso restrito ao respetivo utilizador, que pode assim alterá-los a qualquer momento, não ficando limitado por uma chapa metálica impressa.

Pode por exemplo alterar os contactos e a morada quando vai de férias para o estrangeiro. Os dados são automaticamente traduzidos em seis línguas, permitindo que possa ser utilizada em todo o mundo.

Em silicone ou em nylon, estas pulseiras antialérgicas estão disponíveis em várias cores e tamanhos, podendo assim agradar a todos os gostos e idades. E ao contrário de outras pulseiras eletrónicas que hoje existem e que custam em geral mais de cem euros, estas pulseiras estão disponíveis por menos de vinte euros. Um pequeno valor que pode fazer toda a diferença para uma criança perdida ou para um desportista que fique inconsciente.

Utilize ou coloque uma pulseira deste género aos seus filhos e aproveite mais o que o bom tempo lhe permite fazer!

www.pulseiras-sos.pt

artigo do parceiro:
publicado por salinhadossonhos às 02:04
Terça-feira, 23 / 06 / 15

ESTÁ A PROTEGER DEMASIADO O SEU FILHO?

Nos dias de hoje as crianças já não correm nem brincam na rua como antigamente. Será que está a educar bem o sistema imunológico do seu filho?

Investigações recentes e especialistas confirmam que ambientes excessivamente esterilizados podem aumentar a propensão para desenvolver alergias. Será que está a educar bem o sistema imunológico do seu filho? Ao proteger o seu filho dos supostos perigos do ambiente, poderá estar a impedir o adequado desenvolvimento do seu sistema imunológico. São vários os estudos e os especialistas que o comprovam. Uma investigação recente apresentada no Congresso Internacional da European Respiratory Society concluiu que as bactérias presentes na pele e no pelo de animais podem proteger a criança de alergias no futuro.

O estudo, realizado em Munique na Alemanha e divulgado pelo jornal britânico The Independent, analisou durante dez anos 2.441 crianças saudáveis e constatou que as crianças que dormiam sobre uma pele de animal, durante os seus primeiros três meses de vida, tinham menos 79 por cento de probabilidade de desenvolver asma, comparativamente com as crianças que não foram expostas à pele de animal. De acordo com os investigadores, os micróbios presentes numa pele de animal são os mesmos que se encontram nas zonas rurais.

Em investigações anteriores, já provaram serem eficazes na proteção contra a asma. Mas, afinal, que efeito têm estas bactérias no sistema imunológico de uma criança? Entrevistámos dois especialistas, uma pediatra e um imunoalergologista, que explicam o mecanismo que está por detrás desta aparente relação incoerente. Veja o que (não) deve fazer para proteger o seu filho.

Exposição precoce

«Várias investigações têm demonstrado a existência de um efeito protetor de um estilo de vida mais tradicional, com residência em meio rural e convivência com animais de estábulo, na expressão da doença asmática na criança», confirma Mário Morais de Almeida, imunoalergologista. Contudo, o momento em que ocorre esta exposição também importa. Há estudos que vão mais longe e que sugerem que a exposição precoce a determinadas bactérias favorece mais ainda este efeito protetor.

«Este efeito protetor ocorre essencialmente nas crianças expostas a animais de estábulo em idade precoce, ou seja no primeiro ano de vida. Mas, de acordo com os estudos realizados, este efeito é ainda maior quando as mães trabalham diariamente na quinta durante a gestação, pelo que a exposição pré-natal poderá ser um fator importante», alerta o especialista. Endotoxinas é, de acordo com os autores dos estudos citados por este imunoalergologista, o nome dos produtos bacterianos que desencadeiam este efeito protetor contra a asma.

Higiene adequada ou excessiva?

Outras investigações têm mostrado que há um aumento das alergias, nomeadamente da asma, rinite, eczema ou alergia alimentar, nos países industrializados e em classes sociais altas, onde há uma tendência a exagero da higiene e esterilização do ambiente e a uso de alimentos muito processados e pasteurizados. «Quanto mais estéril é o ambiente, maior é a incidência de alergias, como se o sistema imunitário cometesse um erro na interpretação e reconhecesse como nocivo vários elementos normais no ambiente», explica Mónica Pinto, pediatra. Esterilizar demasiado o ambiente é, aliás, de acordo com ambos os especialistas, um dos erros mais comuns cometidos pelos pais.

A pediatra alerta ainda para outros erros que deve evitar. «É frequente vermos bebés tapados com uma fralda, como que tentando filtrar o ar e proteger do vento, ou não os deixarem gatinhar livremente e manterem sempre em espreguiçadeiras, que lhes limitam os movimentos e os impedem de contactar com o exterior. Também a tendência de lavar demasiado os brinquedos e objetos está errada. É normal que a criança leve a areia à boca ou coma papel. Nada disso resultará num dano terrível e pode ajudar a fortalecer o seu sistema imunitário», elucida a especialista.

Veja na página seguinte: As bactérias que são amigas das crianças

As bactérias que são amigas das crianças

De acordo com os especialistas, é importante a defesa da criança em relação a tóxicos ou bactérias perigosas, mas é igualmente importante que a criança contacte com o ambiente e com bactérias menos perigosas. Mónica Pinto explica que «expor a criança a estas bactérias permite educar o sistema imunitário, nomeadamente do sistema digestivo, em que as bactérias têm um papel importante e regulador. Mário Morais de Almeida faz o mesmo alerta. «A criança deve contactar e conviver com as bactérias que ajudam à maturação e aprendizagem do sistema imunitário», defende.

«Consequentemente, essas bactérias protegem a criança contra agentes/microrganismos patogénicos, sejam eles bactérias, vírus ou parasitas», acrescenta ainda. A explicação para este fenómeno aparentemente antagónico, está na «memória imunitária» desenvolvida pelo organismo. «Esta exposição ajuda a regular e fortalecer o sistema imunitário, ajudando a estabelecer uma memória imunitária e ajudando o organismo a lidar com o ambiente e a selecionar os estímulos nocivos, contra os quais deve desencadear a resposta imunitária», explica Mónica Pinto.

A especialista alerta ainda que «a higiene normal é benéfica, mas higiene é diferente de esterilizar o ambiente. A criança deve estar lavada, mas deve contactar com o ambiente normal, incluindo as poeiras, pelos, bactérias e substâncias que a envolvem. Se a criança não reconhece estas substâncias como normais, acaba por desenvolver uma reacção imune exagerada mais tarde, ou seja uma reação alérgica».

4 hábitos que protegem o sistema imunitário

Os cuidados que protegem o seu filho sem alterar a sua resposta imunológica:

1. Mantenha uma boa higiene diária (banho diário, lavagem das mãos, da cara e dos dentes, por exemplo), mas sem exageros e deixe a criança contactar com o ambiente. A criança deve andar destapada, deve poder explorar o ambiente, andar e gatinhar pelo chão, mexer em animais, plantas e objetos.

2. Promova o contacto com a natureza. É importante voltar a pisar a terra. Frequentar jardins e brincar com animais devem ser atividades e hábitos a manter, de acordo com a realidade social e possibilidades de cada família.

3. Prefira o aleitamento materno e a dieta mediterrânica e, se possível, evite o parto por cesariana. Vários estudos comprovam que estes são cuidados essenciais na prevenção de infeções.

4. Evite o uso de antibióticos. A maioria das infeções, nomeadamente as respiratórias, frequentes nesta época do ano, são de origem viral, nas quais não existe indicação para o uso de antibióticos. Geralmente, o controlo da febre e a hidratação adequada são suficientes. Se estiver indicado um tratamento antibiótico, este deverá ser feito com medicamentos tão selectivos quanto possível, adaptados a cada caso, evitando o uso de antibióticos de largo espetro. Converse com o médico de família ou pediatra.

Texto: Sofia Cardoso

http://lifestyle.sapo.pt/familia/crianca/artigos/esta-a-proteger-demasiado-o-seu-filho?pagina=2

publicado por salinhadossonhos às 02:11
Terça-feira, 16 / 06 / 15

DÉFICE DE ATENÇÃO E PERTURBAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO NA INFÂNCIA

Especialista defende que não é um transtorno de défice de atenção mas, sim, um transtorno de variabilidade da atenção por incapacidade de controlo, inibição e adequação comportamental

Vivemos numa época em que é comum encontrarmos crianças que parecem simplesmente não se interessar por nada. A escola não as motiva, as relações com os amigos e com os colegas são escassas e, por vezes, complicadas. Os mais pequenos vivem alheados na sua hipoatividade ou na sua hiperatividade. Não focam, não planeiam e não concretizam. Infelizmente as crianças e os adolescentes que apresentam este tipo de sintomas são usualmente diagnosticadas com perturbação de hiperatividade e défice de atenção (as siglas de PHDA) e medicadas em função de uma eventual disfunção cerebral por falta de dopamina na região do córtex pré-frontal, que afeta o desenvolvimento das funções executivas do cérebro.

Atualmente estima-se que 90% das crianças diagnosticadas não tenham efetivamente um metabolismo anormal da dopamina que é o que verdadeiramente caracteriza esta perturbação. O que é que se passa então com estas crianças/adolescentes? Numa pesquisa feita recentemente, a especialista Nicole Brown concluiu que algumas crianças diagnosticadas com este problema sofrem, em primeiro lugar, de outros temas que nenhum estimulante pode tratar. Independentemente de poderem vir a ter um diagnóstico de PHDA, a verdade é que existem fatores emocionais que estão a desencadear os sintomas verificados e que têm que ser tratados, antes de se pensar em qualquer alternativa farmacológica. Défice de atenção ou perturbação de concentração então?

Muito se tem discutido se esta perturbação é física e/ou emocional, no sentido da existência ou não de um transtorno cerebral. Uma discussão insípida, na medida em que exista ou não na criança um compromisso a nível cerebral (apenas confirmado através de exames ao cérebro), existem sempre fatores emocionais que contribuem para o aparecimento dos sintomas verificados e que são irmãos gémeos de um funcionamento neurofisiológico/emocional que dificulta o foco, a atenção voluntária, o domínio de si e a escolha intencional. A verdade é que, infelizmente, o aumento exponencial do número de crianças medicadas tem origem na crença de que se trata de uma perturbação biológica.

A diferença entre a percentagem de crianças diagnosticadas com PHDA em países como os Estados Unidos da América e em França é de 9% para 0,5%, respetivamente, porque em França se acredita que é um distúrbio de origem psicossocial, que deve ser tratado com psicoterapia e aconselhamento familiar. Ainda vivemos numa época em que as intervenções em crianças com condutas concordantes com o diagnóstico de PHDA se baseiam muito na procura soluções rápidas, fáceis e eficazes, pelo menos a curto prazo.

É o reflexo desta ditadura de sucesso em que vivemos. Generalizou-se a intervenção farmacológica, através da utilização do metilfenidato (componente da medicação psicostimulante utilizada) já considerado um gadget da modernidade e a intervenção de tipo cognitivo-comportamental, com o objetivo de influenciar/alterar o comportamento da criança, de forma a melhorar a sua conduta, o seu desempenho e o seu rendimento académico.

As (más) abordagens atuais

Estes não atuam, contudo, na causa, no que estás por detrás de todos os sintomas evidenciados. Acredito que mesmo nas situações em que se verifica um comprometimento no funcionamento físico do organismo, o que nem sempre acontece. Existem situações em que este ficou interrompido por fatores emocionais regredidos que colocaram o corpo num estado de depressão interna, de fuga e de alheamento, que não permitiu o salutar desenvolvimento do córtex pré-frontal e com ele a possibilidade de modular os estímulos sensoriais e emocionais. A perturbação de hiperatividade e défice de atenção não é um transtorno de défice de atenção mas, sim, um transtorno de variabilidade da atenção por incapacidade de controlo, inibição e adequação comportamental.

São questões emocionais inconscientes que estão na base de 80% dos índices de distratibilidade. Nada disto pode continuar a ser deixado ao acaso. É fundamental que os profissionais de saúde se consciencializem que não podem continuar a olhar para as disfunções neurofisiológicas de forma isolada mas sim, como o reflexo de um mecanismo composto pela tríade corpo, mente e espírito, que se encontra bloqueada. É preciso trazer estes jovens de volta à vida e ir à raiz deste funcionamento psicofisiológico.

O maior compromisso que estas crianças e adolescentes apresentam é um compromisso consigo próprias e com a sua capacidade de adequação ao mundo. Os seus padrões comportamentais não são mais do que a externalização do mal-estar interno que governa as suas vidas. E os seus corpos são o reflexo disso!

Texto: Ana Galhardo Simões (psicoterapeuta corporal que integra o projeto Psicologia-corporal.com)

artigo do parceiro:
publicado por salinhadossonhos às 02:58
Terça-feira, 09 / 06 / 15

CONSEQUÊNCIAS DE NOITES MAL DORMIDAS NO FUNCIONAMENTO DIURNO DAS CRIANÇAS

"Tenho sono, quero dormir só mais um bocadinho!" Estas são as primeiras palavras de uma criança ao acordar, depois de não ter dormido o suficiente na noite anterior. Surgem geralmente acompanhadas de irritabilidade ("acorda sempre mal disposta") e, depois de se levantar, de grande lentidão ao preparar-se para ir para a escola

 

Naturalmente, nascem conflitos entre pais e filhos logo pela manhã, sobretudo se tanto uns como outros chegam atrasados à escola ou ao trabalho.

As consequências de noites "mal dormidas" não terminam no portão da escola. Durante o dia os professores notam o aluno sonolento, distraído, mais lento a resolver os problemas ou a resolvê-los de forma impulsiva, dando os clássicos erros "por distração". Se a criança tiver uma perturbação do desenvolvimento primária (como um défice de atenção), o seu desempenho será ainda mais afetado.

Durante o intervalo poder-se-ão desenrolar quezílias com os pares, pois crianças (e adolescentes) com privação de sono tendem a interpretar de forma errónea determinadas situações sociais, percebendo-as como ameaçadoras e respondendo-lhes de forma impulsiva e emocional, pois estão menos capazes de as ler com objetividade. Por exemplo, interpretam uma brincadeira como uma provocação e respondem de forma agressiva. A passagem ao acto é comum nos adolescentes, que à restrição de sono somam o consumo de substâncias estimulantes (cafés e bebidas energéticas) para se manterem acordados, ficando ainda mais impulsivos.

No regresso a casa, depois de um cansativo dia de aulas, a motivação para a aprendizagem é mínima e só depois de muita insistência (e de igual resistência) é que estudam ou fazem os TPC.

No caso das crianças mais pequenas, também a tolerância à frustração é escassa e qualquer pequeno contratempo resulta numa explosão de choro e gritos, que ressoam nos ouvidos de pais também cansados porque quando os filhos dormem mal, os pais também.

E porque o dia prepara a noite, se as crianças estão irritadas na hora de deitar vão resistir a ir para a cama e terão maior dificuldade em adormecer, pois a acalmia e relaxação necessárias tem de começar muito antes de dormir.

Considerando as 24 horas do dia de uma família em privação de sono, é fácil perceber que o sono insuficiente tem impacto a vários níveis, nomeadamente cognitivo, emocional, comportamental e relacional.

É então necessário um olhar mais atento ao sono das crianças e adolecentes pois a repercussão na aprendizagem é enorme, bastando apenas uma noite de sono insuficiente para se verem limitações na atenção, concentração e memória. Também as funções executivas (planeamento e resolução de problemas) estão comprometidas e o rendimento escolar fica claramente aquém das suas capacidades reais. Esta constatação acaba por reforçar as alterações no humor que decorrem de noites mal dormidas, nomeadamente ao nível da ansiedade e depressão. Alterações no comportamento, em termos de impulsividade, agressividade e oposição despoletam conflitos por vezes difíceis de resolver com colegas, professores e pais.

Assim, a perturbação do sono da criança nunca é apenas dela uma vez que o seu impacto estende-se a vários contextos, sendo que quando esta é alvo de intervenção verifica-se uma melhoria substancial na qualidade de vida de todos os que com ela privam.

Mafalda Leitão – Psicóloga Clínica mafalda.leitao@pin.com.pt Facebook PIN

http://lifestyle.sapo.pt/familia/crianca/artigos/consequencias-de-noites-mal-dormidas-no-funcionamento-diurno-das-criancas?pagina=2

publicado por salinhadossonhos às 02:54
Terça-feira, 02 / 06 / 15

NO DIA DA CRIANÇA, OS AVÓS SÃO OURO

A avó, o avô. Os avós. Figuras imprescindíveis na vida de uma criança. Os avós são, nos dias de hoje, ainda mais importantes no acompanhamento dos netos e no auxílio aos filhos que precisam de trabalhar para sustentar o lar.

Esta é a explicação comum, quando se fala da relação de avós e netos. Mas são muito mais do que isso. Quem teve a sorte de conviver com os avós durante a infância sabe bem a importância desta afirmação. Quem não teve, certamente sentirá esse vazio.

 

Costuma dizer-se que os pais educam e os avós mimam. Apesar de ter algum fundo de verdade, o conhecimento dos avós, a experiência de vida, passada aos netos, tem um impacto significativo na formação das crianças e também na vida dos avós.

António e Mariana tomam conta dos três netos, todos os dias, das 17h30 até à hora do jantar. Quando necessário, dão-lhes banho, jantar e deixam-nos prontos para dormir. A tarefa nem sempre é fácil.

“Quem manda cá em casa somos nós mas às vezes é complicado. Há dias em que chegam bem dispostos e tudo corre bem mas noutros dias quando um está mais birrento parece que ficam todos mal dispostos”, assegura a avó, Mariana. No entanto, adianta, “quando eles não estão cá parece que falta qualquer coisa, a casa fica vazia. Já estamos habituados e já sentimos a falta quando eles não estão”.

O avô, António, diz, a sorrir, que sem os netos “parecíamos dois tontos a olhar um para o outro”. A avó, Mariana concorda: “Se estivéssemos sempre sozinhos era mais complicado. Tínhamos de sair de casa para nos distrairmos. A primeira neta já nasceu há sete anos, já são sete anos de animação, não dá para imaginar os dias sem eles”.

António sabe bem a importância da ajuda que dão à filha nesta tarefa. “Nem quero pensar em como seria se os pais deles não tivessem a nossa ajuda. Porque não é só ir buscar à escola. Estamos disponíveis para eles 24 horas por dia, se adoecem ficam nos avós, se precisam de ajuda em casa, qualquer coisa. Felizmente temos tempo”, afirma.

“Durante o dia preparamos tudo, faço a lida da casa, tenho de adiantar tudo até à hora de os ir buscar, porque depois não temos tempo para mais nada. A rotina é sempre a mesma: primeiro vamos buscar a mais velha à escola e depois os mais novos à creche”, esclarece a avó, Mariana.

“Quando chegamos a casa preparamos o lanche. Um quer uma coisa, outro quer outra. O mais pequeno quer tudo o que as irmãs querem mas depois não quer nada. A do meio come sempre a mesma coisa: pão com nutella. Todas as tardes temos de ter disponível iogurtes, pão, croissants, sumos, papas, leite, nutella”, especifica a avó da Inês (sete anos), Joana (três anos) e Gonçalo (um ano).

Depois do lanche, é preciso ajudar nos trabalhos da escola e animar os netos até à hora da chegada dos pais.

“Eles têm personalidades diferentes: a mais velha já compreende bem as coisas e o seu estado de espírito depende de como lhe correu o dia na escola, se correu bem vem bem disposta e não refila (porque é um bocado refilona e teimosa) e é muito meiga; a do meio está numa fase complicada em que não sabe bem o que quer, tem um feitio muito especial, é teimosa e às vezes só faz o que quer; o mais novo já começa a sair da casca. Nem sempre é fácil”, confessa a avó, Mariana.

A Inês faz os trabalhos de casa com a ajuda do avô, que teve de voltar a aprender matemática e outras disciplinas para garantir que a neta não erra e compreende os exercícios.

“Gosto de vir para casa dos avós porque faço desenhos, faço os trabalhos. O avô ajuda-me a fazer os mais difíceis”, diz Inês (sete anos).

Enquanto isso, a avó dedica-se aos mais novos que revolucionam a casa assim que lá entram. “A desarrumação total tomou conta desta casa. Só quando eles vão embora podemos dar um jeito. Enquanto cá estão está sempre tudo espalhado, cheio de brinquedos”, diz o avô.

A sala transforma-se num espaço de brincadeira com mesas e cadeiras feitas à medida dos mais novos e na televisão só dá desenhos animados. Novelas e outros programas só são permitidos quando as crianças saem. Ao lado do rádio há cd’s de fado e música alentejana mas o que toca sempre são as músicas infantis que servem para entreter os mais novos. E todos dançam e cantam para passar o tempo.

Os avós deixam os netos andar à vontade. Podem sujar-se desde que não se magoem. Muitas vezes o estendal dos avós está cheio de roupa de criança. “O importante é que estejam entretidos, que se divirtam, sempre em segurança”, assegura o avô, António.

Para a Inês, a casa dos avós permite outras brincadeiras: “Aqui posso saltar à corda e na minha casa não posso porque vivo num prédio”. Já a Joana valoriza o recheio do lanche. “Os avós fazem sempre carcaça com nutella”. O lanche tem um sabor diferente em casa dos avós. E é aqui que os netos encontram muitas vezes um espaço de refúgio. “Às vezes durmo cá e gosto muito porque tenho mais sossego. Não tenho de ouvir os meus manos a acordar cedo e durmo com a avó”, lembra a Inês.

Desde que nasceu a primeira neta as rotinas do casal mudaram e as tarefas foram-se intensificando com o nascimento dos outros dois.  “Agora é uma rotina, fomo-nos habituando conforme eles foram nascendo. Nós é que tivemos de nos adaptar às crianças”, diz o avô António. Para este casal de avós, apesar do esforço, os netos ajudam a dinamizar o lar.

“Fui criado com 4 irmãos, a minha mulher tem mais 7 irmãos, por isso estamos mais que habituados a estas confusões. Para mim isto é uma alegria”

Depois de cuidarem das filhas, já com mais de 30 anos, os avós voltaram às fraldas, papas e cuidados infantis. Não se dizem cansados, pelo contrário. As crianças enchem-lhes a casa.

http://lifestyle.sapo.pt/familia/crianca/artigos/no-dia-da-crianca-os-avos-sao-ouro?pagina=2

publicado por salinhadossonhos às 02:40
Terça-feira, 26 / 05 / 15

O FUTEBOL COMENTADO POR ADEPTOS DE PALMO E MEIO

As crianças têm uma visão muito própria do futebol e dos clubes que abraçaram desde que nasceram, há cinco, seis anos. Mas a paixão é visível desde pequeninos.

 

 http://lifestyle.sapo.pt/familia/crianca/artigos/o-debate-dos-adeptos-do-colinho

publicado por salinhadossonhos às 02:46
Terça-feira, 03 / 06 / 14

Bolo de Infância

 


 

Bolo de Infância

Autora: Raquel Martins

Ingredientes:

  • litros de espontaniedade e doçura.
  • muita vontade de brincar.
  • milhares de fantasias para imaginar.
  • sorrisos de ternura: sem medida.
  • 12 kg de curiosidade.
  • gotinhas de inocência de baunilha: a gosto.

Preparação:

  • Aos ingredientes anteriores juntar os olhares de dois olhinhos cheios de diabruras e algumas lagriminhas.
  • Deixar repousar a mistura sobre mãos pequeninas tanto quanto for preciso.
  • Decorar com 1 kg de peripécias às cores, doces comentários e um montão de beijos gulosos.

Tempo de cozedura: varia segunda a maturação

Sugestão: não comer logo de seguida. Dar tempo para saborear.

Este miminho foi partilhado pela colega Liliana Serrano. Muito obrigada Liliana.

http://educacaodeinfancia.com/bolo-de-infancia/

publicado por salinhadossonhos às 13:00
Terça-feira, 15 / 01 / 13

As crianças não são hiperactivas, são mal-educadas

 

É uma comédia que se acumula no dia-a-dia. Um sujeito vai ao café ler o jornal, e o café está inundado de crianças que não respeitam nada, nem os pardalitos e os pombos, e os pais "ai, desculpe, ele é hiperactivo", que é como quem diz "repare, ele não é mal-educado, ou seja, eu não falhei e não estou a falhar como pai neste preciso momento porque devia levantar o rabo da cadeira para o meter na ordem, mas a questão é que isto é uma questão médica, técnica, sabe?, uma questão que está acima da minha vontade e da vontade do meu menino, olhe, repare como ele aperta o pescoço àquele pombinho, é mais forte do que ele, está a ver?". E o pior é que a comédia já chegou aos jornais. Parece que entre 2007 e 2011 disparou o consumo de medicamentos para a hiperactividade. Parece que os médicos estão preocupados e os pais apreensivos com o efeito dos remédios na personalidade dos filhos. Quem diria?

Como é óbvio, existem crianças realmente hiperactivas (que o Altíssimo dê amor e paciência aos pais), mas não me venham com histórias: este aumento massivo de crianças hiperactivas não resulta de uma epidemia repentina da doença mas da ausência de regras, da incapacidade que milhares e milhares de pais revelam na hora de impor uma educação moral aos filhos. Aliás, isto é o reflexo da sociedade que criámos. Se um pai der uma palmada na mão de um filho num sítio público (digamos, durante uma birra num café ou supermercado), as pessoas à volta olham para o dito pai como se ele fosse um leproso. Neste ambiente, é mais fácil dar umas gotinhas de medicamento do que dar uma palmada, do que fazer cara feia, do que ralhar a sério, do que pôr de castigo. Não se faz nada disto, não se diz não a uma criança, porque, ora essa, é feio, é do antigamente, é inconstitucional.

Vivendo neste aquário de rosas e pozinhos da Sininho, as crianças acabam por se transformar em estafermos insuportáveis, em Peter Pan amorais sem respeito por ninguém. Levantam a mão aos avós, mas os pais ficam sentados. E, depois, os pais que recusam educá-los querem que umas gotinhas resolvam a ausência de uma educação moral. Sim, moral. Eu sei que palavra moral deixa logo os pedagogos pós-moderninhos de mãos no ar, ai, ai, que não podemos confrontar as crianças com o mal, mas fiquem lá com as gotinhas que eu fico com o mal.

publicado por salinhadossonhos às 16:45

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