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Terça-feira, 25 / 12 / 12

Educar exige tempo e disponibilidade

 

Educar exige tempo e disponibilidade (por Manuel Rangel)

Educar, criar hábitos pessoais e sociais corretos, desenvolver a autonomia das crianças exige muita vontade e determinação, mas também muito tempo e disponibilidade – tudo aquilo que, em geral, falta às famílias de hoje!

Reprimir as birras, deixar as fraldas, largar a chupeta e o biberão, comer pela sua mão, saber estar à mesa com os adultos, vestir-se a si próprio, tomar banho sozinho, respeitar os outros, em particular os mais velhos, cumprir regras são, efetivamente, hábitos fundamentais para o crescimento das crianças, mas que, ao contrário do que pode parecer, exigem de nós, pais e educadores, muito tempo.

Se elas viessem ensinadas e treinadas seria, então sim, para nós, muito mais fácil: já teriam todos esses hábitos interiorizados! Mas como assim não é, muitas vezes, dá menos trabalho e é bem mais fácil: ceder ao choro e dar-lhes o que querem no momento, porque já não os podemos ouvir; pôr-lhes uma fralda, para não termos de nos levantar duas ou três vezes durante a noite ou, então, para não estarmos ali tanto tempo à espera…; dar-lhes a chupeta, para que adormeçam mais depressa; “enfiar-lhes” o biberão enquanto nos vestimos; vesti-los e “despachá-los” de manhã para podermos chegar todos a horas ao trabalho; dar-lhes de jantar na cozinha, separados do resto da família, para jantarmos em paz; deixá-los interromper e sobreporem-se aos adultos, senão não se calam; etc., etc., etc.

É, de facto, mais consentâneo com o nosso ritmo de vida, com as exigências atuais, com a nossa pressa constante, com o nosso frequente cansaço e até com o nosso comodismo cedermos, naquilo em que devíamos ser exigentes, deixarmos para amanhã aquilo que devia ser feito desde já, adiarmos um pouco o que sabemos vir a ser inevitável – “Até porque também nós temos os nossos interesses e temos de ter o nosso tempo e a nossa vida, então, não é?!… e eles, também, coitados!...”

Por isso — e afirmo-o com vasto conhecimento de causa — é, hoje, tão frequente ver crianças numa estranha discrepância: mexem com enorme à vontade em consolas, comandos, vídeos, computadores e telemóveis, papagueiam umas palavras em inglês, veem telenovelas e programas de gosto discutível, discutem com os pais, avós e educadores, mas, muitas vezes, aos 5, 6 , 7 anos ainda usam chupeta e até fralda à noite (pasme-se!!!), tomam biberão de manhã, são incapazes de estar sentados à mesa, não articulam a maioria das palavras com correção, mas interrompem, sistematicamente, os adultos!

Neste tempo de tanta contabilidade, para pais e educadores é uma pura ilusão esta economia de tempo e de esforço! Mais não fazem do que adiar os problemas e, na maior parte dos casos, de os agravar. Porque deixam consolidar hábitos que demorarão muito mais a corrigir, porque infantilizam as crianças, porque lhes criam, no futuro, problemas na relação com os outros e na convivência social e, sobretudo, porque atrasam a sua aprendizagem e o desenvolvimento da sua autonomia.

Em casa ou na escola, é necessário bom senso para educar! Mas, mais do que isso, é necessário tempo e disponibilidade: o tempo gasto na “hora certa” não é tempo perdido! É um tempo ganho em termos de bem-estar e desenvolvimento da criança… e, a prazo, em termos da sua própria liberdade e autonomia, enquanto adultos!

 

http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/pre-escolar-educar-exige-tempo-disponibilidade

publicado por salinhadossonhos às 15:58
Segunda-feira, 24 / 12 / 12

Feliz Natal!!!!

 

O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Ao longo deste tempo temos partilhado com os vossos filhos momentos únicos e inesquecíveis, o que os torna incomparáveis.

Natal é Tempo de acreditarmos que vale a pena viver!

Viver com Deus
Viver rodeado da Família
viver rodeado de amigos,
fazer de cada instante um momento de eternas e constantes alegrias.

Obrigado por partilharem connosco os vossos maiores tesouros que são os vossos meninos e meninas, obrigado pelas palavras de incentivo e obrigado pela ajuda e pelos gestos de carinho.

Um dia feliz....
Uma semana Feliz...
Um Natal Feliz...

Que sejam felizes.... com os vossos filhos, podem contar sempre connosco:

Anabela e Ercilia

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publicado por salinhadossonhos às 14:44
Sexta-feira, 21 / 12 / 12

Festa de Natal

 
 

 

publicado por salinhadossonhos às 15:15
Terça-feira, 18 / 12 / 12

(Re)Inventar o Natal no jardim de infância (por Maria João Mateus)

 

Reinventar o Natal é uma temática complexa, urgente, tendo em conta, sobretudo, o contexto social e económico atual.

A época natalícia é vivida com grande euforia pelas crianças e, em muitas situações, resume-
-se praticamente a dois grandes símbolos: os presentes e o Pai Natal.

Mas o Natal é muito mais do que isso, e é importante que as crianças o entendam – só assim podem viver e recordar, ano após ano, o verdadeiro espírito da quadra natalícia.

O Natal é, por excelência, a época da família, da reunião, da união e de um espírito muito próprio de solidariedade que torna as pessoas, consequentemente, mais felizes. É um momento especial, sobretudo para os mais novos, que começam, muito cedo, a contagem decrescente para o grande dia.

O jardim de infância é um espaço privilegiado no envolvimento da criança neste espírito natalício, promovendo a interiorização de valores e o renascimento de velhas tradições.

Em contexto de jardim de infância, os educadores desenvolvem inúmeras e variadas atividades, que vão das decorações festivas e elaboração de postais à confeção de doces tradicionais, sem esquecer outras formas que possam fazer parte da festa de Natal, envolvendo as crianças e, naturalmente, as famílias.

Chegou, portanto, a hora de reinventar o Natal, de encontrar estratégias para que o espírito natalício se sobreponha à saga economicista, orientando a sociedade no sentido de proporcionar às crianças algo que elas verdadeiramente necessitem.

Então, a questão primordial é: Porque se celebra o Natal?

A resposta imediata, e respeitando todas as crenças religiosas, é que se celebra o nascimento do Menino Jesus.

É este o ponto de partida para a exploração do tema, utilizando livros adequados à idade das crianças do pré-escolar, contendo histórias que mencionem os valores do Natal.

Explicitando a história do nascimento, o educador pode integrar o presépio como uma das tradições natalícias, construindo as figuras que o compõem ou até dramatizando a história do nascimento do menino.

As histórias de Natal assumem, neste contexto, um papel fundamental para a interiorização do sentido do Natal, com a exploração de valores, de sentimentos importantes inerentes a esta época festiva, afastando, assim, a exagerada importância atribuída, atualmente, às prendas, ao Pai Natal e aos brinquedos.

Também a elaboração da lembrança de Natal por cada criança, para a família, contribui para reforçar valores de carinho e dedicação. Desta forma, poderemos reforçar que a magia dos presentes de Natal não se resume à quantidade de prendas, mas à partilha e aos laços de afeto e solidariedade entre todos.

Por isso mesmo, nunca será de mais propor a cada criança e à respetiva família que escolha, especialmente, um brinquedo para oferecer a uma criança mais desfavorecida. Este ato em si implica, de imediato, a capacidade de a criança partilhar e de prescindir de algo que lhe é querido, reconhecendo que à sua volta há muitas outras crianças com vivências especiais, diferentes.

É, justamente, no Natal que se constata uma tendência especial para fomentar o espírito de solidariedade e responsabilidade social e nunca será demais incutir esses valores à criança, explicando-lhe o verdadeiro sentido do Natal.

É necessário fazer com que entendam que a compra de brinquedos caros não é o mais importante pois, em muitas situações, o encantamento é pontual e ilusório.

É fundamental que, no jardim de infância, os dias decorram com tranquilidade, magia e encanto ao som de músicas que se enquadram na forte carga emocional da época natalícia, e que, a partir deste espaço, as crianças levem até às suas famílias a verdadeira essência do Natal.

Não existe melhor época para avaliar o que realmente faríamos com o Natal se o reinventássemos…

Reinventar o Natal é um grande desafio!

 

http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/pre-escolar-reinventar-natal-jardim-infancia/

publicado por salinhadossonhos às 02:03
Domingo, 16 / 12 / 12

Preparando o Natal

 

Pinheirinho, pinheirinho de ramos verdinhos

P'ra enfeitar, p'ra enfeitar

RENAS E SININHOS!

 

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publicado por salinhadossonhos às 15:22
Sexta-feira, 14 / 12 / 12

Carta ao Pai Natal

Pai natal

Não leves a mal

Dá-me um brinquedo

No dia de Natal.

 

 

Pai natal

Dá uma prendinha

A cada menino

E cada menina.

publicado por salinhadossonhos às 15:01
Segunda-feira, 10 / 12 / 12

GERAÇÃO “CHICCO”

GERAÇÃO “CHICCO” (por Manuel Rangel)

“Quem não se lembra ainda do anúncio sobre o pão sem cantos nem côdea? Um verdadeiro monumento – escandaloso, do meu modesto ponto de vista! – a este tipo de gerações que estamos a formar!”

Estamos a formar aquilo a que chamo as gerações “Chicco” (passe a publicidade).
Queremos, para as crianças, “escorregas” sem esquinas, sem pregos, sem parafusos ou farpas. Queremos jardins sem objetos pontiagudos, sem paus, sem pedras; queremos bancos de jardim sem rugosidades nem lascas; queremos redes e grades sem ferrugem; parques sem gravilha nem degraus, com pisos não abrasivos, com chão antiderrapante; queremos mesas sem cantos, degraus sem esquinas, corrimões boleados; janelas que não abram, portas que não fechem… Enfim, para ELES tudo muito seguro! Tudo sem qualquer perigo, sem riscos nem obstáculos!
(Talvez seja por isso que se veem, ultimamente, tantas crianças de 6-7 anos que sobem e descem escadas com tanta dificuldade e sem alternar os pés – o que deveriam ter aprendido aos 3-4 anos de idade!)
Mas não é só nisso que somos tão “cuidadosos” e tão “preocupados”!
Quem não se lembra do anúncio sobre o pão sem cantos nem côdea? Um verdadeiro monumento – escandaloso, do meu modesto ponto de vista! – a este tipo de gerações que estamos a formar! Mas o problema é que nós vamos embarcando nisso!
Fruta? Não! Tem caroços, custa(-nos) a descascar, suja(-nos) tudo… e já há em plástico ou vidro pronta a beber – o “essencial”! E há sumos e papas! Peixe? É aquela coisa terrível com espinhas… uma aflição! E para quê esse trabalho (deles/nosso?!) se há aquela massa em rolinhos que o imita tão bem (e que o pão ralado ainda ajuda a disfarçar!)? Sopa? Sim… mas passada, claro! – sucessora dos frasquinhos de tão boa carreira nos primeiros meses de vida! Agora couves, isso não! Enrolam-se na boca, prendem-se nos dentes! Até lhes dá vómitos! (E é verdade! Tenho encontrado dezenas de crianças nessa situação… com verdadeiros vómitos!). Carne? De preferência também passada!... Comem melhor! (E vão-se treinando para os hambúrgueres!) Pelo menos, muito disfarçada! De um bife sempre hão de gostar, mais tarde! Batatas fritas, isso claro! Há aquelas de pacote ou em pasta para fritar!... De facto, só quase falta o pão sem côdea!
Mas em casa, com os “espaços”, é a mesma preocupação! ELES em ‘primeiro lugar’! Um quarto para cada! Cada um pode ter as suas coisas, sem implicar (e sem termos de os ouvir a toda a hora)! Televisões? Sim, claro, pelo menos duas ou três na casa! Senão passam o tempo pegados (e nós a resolver os conflitos)! Livros? Cada qual tem os seus, ou então é uma guerra… e é o mesmo com o computador e a Playstation!... O quê, mais de dois filhos?!... Já assim é um sarilho no carro!...
Que tudo isto é feito a pensar no melhor para ELES, não tenho a menor dúvida! Mas não sei se é o melhor que lhes poderíamos ou deveríamos fazer!
“Rosas sem espinhos!” – quando todos nós sabemos, tão bem e por experiência própria, que essas só em estufas… e são casos raros!
Porque vai chegar o momento em que vamos ter que lhes pedir esforço, em que queremos que enfrentem os obstáculos, em que achamos necessário que encarem as dificuldades… e, nessa altura, “não percebemos porquê”(!!!)… mas não estão habituados!
Num momento em que as dificuldades à nossa volta são tantas, em que o futuro não se mostra nada risonho e em que as perspetivas não parecem ser para, a curto/médio prazo, melhorar, talvez valha a pena pensarmos um pouco no que andamos a fazer e em como os estamos a preparar!

 

http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/pre-escolar-geracao-chicco/

publicado por salinhadossonhos às 16:09
Sexta-feira, 07 / 12 / 12

O círculo

 

publicado por salinhadossonhos às 22:04
Segunda-feira, 03 / 12 / 12

REPENSAR AS PEDAGOGIAS

REPENSAR AS PEDAGOGIAS (por Teresa Vasconcelos)

“(...) o desenvolvimento intelectual é fortalecido quando as crianças têm oportunidades frequentes para conversar sobre coisas que sejam importantes para elas.”

As pesquisas dos anos 70 ensinaram-nos que se a educação de infância (0-6 anos) não for de qualidade causa limitado impacto no desenvolvimento ulterior da criança, tornando-se uma oportunidade perdida.

Apesar do claro investimento neste nível educativo em anos recentes, continuamos a constatar, na prática de um número significativo de jardins de infância, modelos não construtivistas de aprendizagem, num suceder de atividades que não implicam as mentes das crianças. Ocupa-se o seu precioso tempo com a elaboração de tarefas mecânicas, fichas pré-concebidas e sem sentido. O mercado foi invadido de materiais pedagógicos, organizados “de acordo com as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar”, mas que estimulam apenas aquilo que alguns autores apelidam de “competências académicas” (Katz, 2004)1, isto é, indutoras de uma aprendizagem mecânica e não construída da literacia e da numeracia.

Neste contexto, e salientando que corremos o risco de “desbaratar as mentes das crianças”, sublinho a necessidade de a educação de infância promover claramente o desenvolvimento intelectual das crianças através do recurso a linguagens múltiplas e englobando não apenas os conhecimentos e capacidades, mas também a sua sensibilidade emocional, moral e estética. Katz (2004)¹ afirma que as experiências de carácter intelectual fortalecem as disposições inatas das crianças em:
- fazer sentido da sua própria experiência:
­ colocar hipóteses, analisar, elaborar conjeturas;
- fazer previsões e verificá-las;
- persistir na resolução de problemas;
- tomar iniciativas e ser responsável pelo que se conseguiu fazer;
­ antecipar os desejos dos outros, as suas reações (disposições sociais).

Pelo contrário, e ainda segundo Katz (2004), o enfoque académico incide em matérias que:
- requerem cuidadosa instrução, repetição, prática que pode ser certa ou errada, correta ou incorreta, até se conseguir um completo domínio;
- não podem ser aprendidas através de um processo de descoberta.

Neste caso, há uma exigência de que as crianças assumam um papel passivo, recetivo, em vez de um papel ativo. Ora a investigação mais recente tem demonstrado que o desenvolvimento intelectual é fortalecido quando as crianças têm oportunidades frequentes para conversar sobre coisas que sejam importantes para elas. Neste sentido insiste-se numa necessidade de metodologias de trabalho ativas, construtivistas, que impliquem a criança em processos de investigação, tais como o trabalho de projeto. A melhor forma de estimular o desenvolvimento intelectual das crianças é colocar-lhes interrogações, situações dilemáticas, problemas, possibilidade de escolhas múltiplas, oportunidade de frutuosas discussões, não proporcionando soluções uniformes ou estandardizadas tais como as que são colocadas por grande parte dos materiais pedagógicos que se encontram disponíveis no mercado.

Com o apoio atento do educador, as crianças tornam-se competentes, isto é, capazes de saberem fazer em ação, utilizando de forma integrada conhecimentos, capacidades e atitudes. Cabe aos profissionais de educação, dentro deste quadro de ideias, encontrar estratégias para as tornar seres intelectualmente alerta, com vontade de conhecer o mundo e com uma inesgotável sede de continuar sempre a aprender. Não desperdicemos as suas mentes!

 

¹Katz, L. (2004) Perspetivas sobre a Qualidade de Programas para a Infância. Conferência na ESE de Lisboa. 16-10-2004.

http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/pre-escolar-repensar-pedagogias

publicado por salinhadossonhos às 16:06

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