Mauritus Cornelis Escher nasceu em Leeuwarden na Holanda em 17 de Junho1898, faleceu em 27 de Março de 1970 e dedicou toda a sua vida às artes gráficas. Na sua juventude não foi um aluno brilhante, nem sequer manifestava grande interesse pelos estudos, mas os seus pais conseguiram convencê-lo a ingressar na Escola de Belas Artes de Haarlem para estudar arquitetura. Foi lá que conheceu o seu mestre, um professor de Artes Gráficas judeu de origem portuguesa, chamado Jesserum de Mesquita. Em 1922 deixou a escola para se juntar a Jesserum de Mesquita, que o iniciava nas técnicas da gravura, se dedicando ao desenho, litografia e xilogravura.
Quando terminou os seus estudos, Escher decide viajar, conhecer o mundo! Passou pela Espanha, Itália e fixou-se em Roma, onde se dedicou ao
trabalho gráfico. Estas passagens por diferentes sítios, por diferentes culturas, inspiraram a mente de Escher, que sem conhecimento matemático prévio, mas através do estudo sistemático e da experimentação, descobre todos os diferentes grupos de combinações isométricas que deixam um determinado ornamento invariante.
Uma das principais contribuições da obra deste artista está na sua capacidade de gerar imagens com impressionantes efeitos de ilusões de óptica, com notável qualidade técnica e estética, tudo isto, respeitando as regras geométricas do desenho e da perspectiva. Foi numa visita à Alhama, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos mosaicos que havia nas mesquitas do lugar. Escher achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para seus
trabalhos mais impressionantes e famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano. A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, aves, peixes, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais mexer.Tudo representado num plano bidimensional. Destacavam-se também os trabalhos do artista que exploram o espaço. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras de mundos impossíveis, representações distorcidas, paradoxos. Escher foi reconhecido pelo mundo, pelos seus desenhos de ilusões espaciais, de construções impossíveis, onde a geometria se transforma em arte ou a arte em geometria.
"Apesar de não possuir qualquer conhecimento ou treino nas ciências exatas, sinto muitas vezes que tenho mais em comum com os matemáticos do que com os meus colegas artistas"
M. C. Escher