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Sexta-feira, 28 / 06 / 13

Cor de rosa

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publicado por salinhadossonhos às 17:29
Terça-feira, 25 / 06 / 13

O amor tem limites

Escrito por Eduardo Sá, psicólogo Quarta, 19 Junho 2013

 
 

Quem nunca foi o melhor dos brinquedos para os seus pais dificilmente brincará com os filhos, como tantas vezes acontece, quando for avô. Terá vivido preso, às suas experiências magoadas e desperdiçado o que de saudável uma criança interpelante poderia ter tido dentro de si.

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Quem nunca foi o melhor dos brinquedos para os seus pais dificilmente brincará com os filhos, como tantas vezes acontece, quando for avô. Terá vivido preso, às suas experiências magoadas e desperdiçado o que de saudável uma criança interpelante poderia ter tido dentro de si.

 

 

 

1. Algumas pessoas afirmam, com um orgulho indisfarçável, terem uma criança dentro de si (relacionando-a com uma aragem jovial que colocarão em muitos momentos da sua vida). Mas eu acho que estão enganadas. Em primeiro lugar, esse lado infantil não corresponde às crianças que foram mas aquelas que desejavam ter sido. É uma forma de justificarem o tom, às vezes, desinibido, às vezes, eufórico que colocam em muitos dos seus atos, dando a entender que se limitarão a ser iguais a elas (como se as crianças não fossem nem leais, nem elegantes e delicadas nos gestos que têm com as pessoas de quem gostam). Em segundo lugar, brincar ou rir não são características das crianças mas de quem está mais ou menos em paz com a sua vida. Por outras palavras, sempre que uma pessoa não brinca não é adulta: está doente. Em terceiro lugar, e mais importante, não há uma criança nalguns adultos estando omissa dentro de outros. Há em todos nós a criança que fomos (ou, se preferirem, que somos) uma vez que os episódios da nossa infância vivem, para sempre, connosco. Alguns, abrem avenidas novas no nosso crescimento.

 

Outros, atropelam-nos (de surpresa) condicionando e limitando a nossa relação com a vida, com o amor, com os sonhos ou com tudo aquilo que sentimos. Serão pequenas feridas da infância que nunca foram contrabalançadas por aventuras divertidas, por viagens inesquecíveis ou por experiências mágicas (onde, por exemplo, antes de configurarmos uma dúvida, um dos nossos pais terá inventado a sua solução). O que não teriam precisado de conquistar tantas crianças (hoje já pais) para terem conseguido cicatrizar descuidos, desamparos, deceções e desinteresses que viveram! Não, não é a falta de tempo que impede os pais de serem brincadores mas nunca terem tido quem lhes mostrasse que o melhor dos brinquedos são as pessoas, quando brincam. Acontece que a infância da maioria dos pais não foi uma experiência feliz. E isso faz diferença. Porque quem nunca foi o melhor dos brinquedos para os seus pais não aprendeu a brincar.

 

2. Para muitos pais que se sentiram abandonados, quando crianças, em nenhum dia é fi m-de-semana. Como raramente se sentiram a primeira das prioridades dos seus pais imaginam que nunca estarão em primeiro lugar para os seus filhos. Serão estes que se desculpam com a falta de tempo sem repararem que abandonam como foram abandonados, e não brincam com os filhos como não terão tido nenhum dos seus pais a brincar consigo. Crescem num interminável ajuste de contas com o passado como se, todos os dias, tivessem de mostrar, à sociedade, que valem a pena. Por vezes, quando não se sentem adorados imaginam-se detestados; nunca, lealmente, contrariados. Na verdade, tão depressa são pais meigos como adversários irascíveis. Tão depressa amuam como se desmancham. Sempre que se vive preso ao passado o presente não existe. Quando se cresce em função do futuro, o passado deixa de ser uma rede de histórias carinhosas e a vida transforma-se num nevoeiro denso e desgastante. É por isso que quem nunca foi o melhor dos brinquedos para os seus pais (e nunca terá transformado os seus fi lhos no seu melhor brinquedo) brincará, como tantas vezes acontece, quando for avô. Terá vivido preso, para sempre, às suas experiências magoadas e desperdiçado a criança que foi, as crianças que gerou, e o que de saudável uma criança interpelante poderia ter tido dentro de si. Só porque nunca teve quem lhe mostrasse que o melhor dos brinquedos são as pessoas, quando brincam!...

 

3.Tudo o que fomos liga-se em tudo o que somos. Somos as histórias que nos ajudaram a formatar (mesmo que, algumas delas, permaneçam dolorosas, para sempre). Somos os sonhos que construímos, quase sem querer (e que ora assumimos, e pelos quais nos superamos, ora iludimos e denegamos). Somos os pequenos projetos de todos os dias. Somos a profissão (que tanto nos galanteia como nos maça). Somos o corpo que mal escutamos. E somos os nossos credos, as diversas opções que fomos tomando (mesmo que não fossem «as nossas») e a sensibilidade que nos traz milhares de pequenos-nada cá para dentro. Na verdade, a vida é tão plural e tão complexa que, em vez de a gerirmos, deixamo-nos levar por ela. É por isso que não é a falta de tempo que impede os pais de serem brincadores. São as suas prioridades. E porque muitos não foram o melhor dos brinquedos para os seus pais, são as crianças abandonadas que vivem em si quem os leva a nunca se imaginarem em primeiro lugar para ninguém e a não colocarem, no dia-a-dia dos seus gestos, os fi lhos como prioridade. Por mais que isso contrarie os seus anseios, são elas quem lhes mostra como o amor tem limites.

 

http://www.paisefilhos.pt/index.php/opiniao/eduardo-sa/6298-o-amor-tem-limites

publicado por salinhadossonhos às 14:59
Sexta-feira, 21 / 06 / 13

S. João

Para a festa de S. João
eu fiz este manjerico
também levei um balão
e andei no bailarico!

 

publicado por salinhadossonhos às 17:08
Terça-feira, 18 / 06 / 13

É preciso deixá-los crescer (mas custa)

Escrito por Sónia Morais Santos Quinta, 14 Março 2013

 
Às vezes, vê-los crescer custa. Deixam de ser tão nossos, passam a ser mais do mundo.

 

 

 

Não é fácil deixá-los crescer. Por um lado queremos muito que digam depressa as primeiras palavras, que comecem num instante a andar, queremos que deixem a fralda, a chucha, que durmam a noite inteira, que entrem na escola, que lhes caiam os dentes de leite, que aprendam depressa a ler. Às vezes parecemos ter pressa neste crescimento, como se os nossos filhos estivessem numa corrida de barreiras e nós ali na bancada, a gritar por eles com todas as forças. Algumas mães fazem mesmo gala na competição - “o teu ainda não anda? ah, o meu Luisinho começou aos nove meses...”, “o teu ainda não fala? ah, o meu Zezinho pronunciou a palavra ‘paradigmático’ no dia em que fez um ano” - fazendo do crescimento das crianças uma espécie de olimpíada de palmo e meio. Por outro lado, porém, às vezes custa. Sobretudo para quem tem mais do que um fi lho. Ou, para não generalizar, talvez o melhor seja dizer que a mim, às vezes, custa-me. Com um filho com quase 11 anos (medo!) e outro com quase oito, sabe bem ter uma coisinha que ainda cheira a bebé. E que ainda mantém alguns resquícios dessa primeiríssima infância. A Madalena tem três anos e, até há uma semana, ainda usava chucha. Na família, alguns começavam a agitar-se: “Ainda de chucha? Já é muito grande para isso!” Eu encolhia os ombros. “Lá estão estes a tentar que a miúda se transforme numa mulherzinha!” Sim, há a questão dos dentes. Sim, há uma altura em que temos mesmo de começar a insistir para que abandonem o vício da sucção. Mas a Mada ainda não estava preparada. Ou seria eu quem não estava? Acho que, depois de refletir um bocadinho, concluí que a resposta era um misto das duas coisas. Se é verdade que ela é, dos três, a mais fervorosa adepta das chupetas, não será também esse fervor culpa minha/nossa, que a queremos conservar bebé por mais tempo, já que os outros dois já cumprem as outras funções, de rapazinhos crescidos? Interrogações à parte, importa dizer que, no outro dia, a Madalena chegou decidida ao caixote do lixo e despejou lá para dentro praticamente todas as suas chuchas. Nós ficámos incrédulos, porque até então não tinha manifestado qualquer intenção de se desapegar do seu objeto favorito. Perguntámos se tinha a certeza, ela garantiu que sim. Mas à noite chegaram-lhe as saudades. “Quero a minha chuchinhaaaaaaa”, soluçava. Condoemo-nos. Ao fi m de meia hora de pranto, entregámos-lhe uma chucha que tinha escapado à sua fúria de bebé emancipado. Afinal, o ataque não tinha passado de um gesto solidário para com o nosso próprio afã doméstico. Ela viu-nos em arrumações e limpezas e quis contribuir, à sua maneira. Aproveitámos para dizer que aquela era, então, a derradeira chupeta. A sobrevivente. Tinha de se acostumar à ideia de que, mais dia menos dia, chegaria a hora de se despedir dela também. Não foi preciso mais nada. Dias depois, uma estomatite aftosa tomou conta da boca da caçula da família. Dezenas e dezenas de aftas na língua, nas gengivas, nos lábios, impediram- na de comer, de falar e... de usar a chucha. Aproveitámos a deixa, que parecia caída do céu aos trambolhões, e culpámos a dita cuja. Que estava muito gasta e suja, que já nem a água a livrava dos micróbios, que aquelas aftas todas tinham vindo daquele foco infeccioso chamado chucha. Tendo acreditado ou não que a sua amiga era, no fi m de contas, uma tenebrosa traidora, o certo é que a Madalena nunca mais a quis. Nunca mais a pediu, nunca mais dormiu com ela, nunca mais sequer tocou nesse assunto. E foi assim que um vírus ou fungo ou primo afastado resolveu um assunto que nós, pais, estávamos com dificuldade em resolver. Porque, às vezes, vê-los crescer custa. Deixam de ser tão nossos, passam a ser mais do mundo. E o mundo, como se sabe, não está para graças.

 

http://www.paisefilhos.pt/index.php/opiniao/sonia-morais-santos/6024-e-preciso-deixa-los-crescer-mas-custa

publicado por salinhadossonhos às 14:51
Sexta-feira, 14 / 06 / 13

Passeio Anual

 

Aqui é tudo à nossa medida...

Os crescidos ficam lá fora,

Foi um dia divertido

mas tivemos de ir embora.

publicado por salinhadossonhos às 18:28
Terça-feira, 11 / 06 / 13

Emergência tardia da linguagem

 
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O André foi o bebé mais desejado do mundo. Primeiro filho, primeiro neto e primeiro sobrinho, recebeu tanto mimo que era impossível não ficar estragado. Logo na maternidade, as prendas foram tantas que já não cabiam no quarto. E o miúdo era bem engraçado. E até dava boas noites. Começou a palrar cedo e, pelos sete meses, já sentado sem praticamente apoio, balbuciava intensamente, emitindo uma grande variedade de sons. Pelos onze meses de idade, começou a andar sozinho e, na festa do seu primeiro aniversário, fez as delícias dos familiares ao exibir umas quantas gracinhas. Era esperto e aprendia tudo o que lhe ensinavam. Mas não dizia uma única palavra com sentido.

O pediatra sossegou os pais: muitos miúdos só falam mais tarde, pelo que se teria de dar tempo ao tempo... Aos dezoito meses de idade, já corria de forma escorreita, ainda não dizia uma única palavra, embora percebesse tudo. Parecia um mudo. O pediatra do André reafirmou que, na sua experiência, muitas crianças, sobretudo rapazolas, podem falar mais tarde. Mas, quando fez dois anos, as coisas não melhoraram. O pediatra recomendou, então, uma consulta com um pediatra do neurodesenvolvimento, o qual viria a formular um diagnóstico pouco conhecido: Emergência Tardia da Linguagem.

Em linguagem mais simples, isto significa que todas as competências do neurodesenvolvimento estão adquiridas nas idades protocolares, com exceção da expressão linguística. Pelo sim e pelo não, e por uma questão de segurança, este especialista recomendou a aprendizagem das letras e, posteriormente, da sua junção (a denominada fusão fonémica), com o objetivo de se acautelarem possíveis complicações futuras na área da aprendizagem da leitura. Como previsto, a evolução foi excelente e, pelos três anos de idade, o André já falava de uma maneira convencional. Hoje, festejou o seu 18º. aniversário. E é tão eloquente que muitos já dizem que ele, como o outro, é uma verdadeira picareta falante …

 

http://www.paisefilhos.pt/index.php/criancas/dos-3-aos-5-anos/4534-emergencia-tardia-da-linguagem

publicado por salinhadossonhos às 15:10
Sexta-feira, 07 / 06 / 13

Painel das Formas geométricas

   
 O pensamento geométrico surge para compreender as relações e representações de espaço que as crianças desenvolvem, desde muito pequenas. A partir da exploração do seu redor e por meio da percepção descobrem propriedades, analisam objetos, formas, dimensões, organizam mentalmente as suas ideias e podem representa-las por meio de desenhos. Com a contribuição do adulto, as interações entre as crianças, jogos e as brincadeiras podem  proporcionar a exploração espacial em três perspectivas: as relações espaciais contidas nos objetos, as relações espaciais entre os objetos e as relações espaciais nos deslocamentos.
            Muitos autores enfatizam a importância do estímulo, de brincar, do manusear  os objetos em todo processo de ensino e aprendizagem da criança, para que fique registado na mente das crianças.
Os indivíduos desenvolvem-se intelectualmente a partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os rodeiam, então a inteligência humana pode ser exercitada.
             Segundo Jean Piaget, desde  o nascimento a criança resolve os seus problemas através da percepção e dos movimentos, percebe o ambiente e age  sobre o mesmo.
             A melhor maneira de incentivar a aquisição desse auto-conhecimento é estimular desde cedo o manuseio dos objetos. Na sala do jardim de infancia  por meio de atividades lúdicas, tratamos os recursos didáticos e o trabalho pedagógico como ferramentas fundamentais para alcançar o desenvolvimento com êxito na educação infantil e assim, auxiliar no processo de aquisição de conhecimento, da identificação das cores e das formas geométricas, respeitando a evolução natural da criança.
             O ideal é apresentar materiais que incentivem brincadeiras diversas e enriqueçam o processo de ensino-aprendizagem, brincadeiras que reforcem ludicamente o conhecimento adquirido. Todas estas atividades com a participação da família devem alicerçar a formação da criança em sua totalidade, para que ela alcance êxito no decorrer do seu desenvolvimento.
publicado por salinhadossonhos às 17:53
Terça-feira, 04 / 06 / 13

Amanhã é nunca mais

Escrito por Eduardo Sá Quarta, 27 Março 201

 

Como as crianças merecem muito tempo dos pais «um dia», para elas, nunca será tarde demais.

 

 

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1. A certa altura, o Rei leão e o leãozinho subiram, pachorrentos, a um planalto. Por momentos, pararam de conversar e o olhar perdeu-se deles. De lá de cima, avistava-se uma extraordinária pradaria, com animais pululantes, como se o mundo fosse, naturalmente, assim: sereno e folião, ao mesmo tempo. De olhar terno, o Rei leão explicou-lhe que, mais tarde, aquele reino seria seu. O leãozinho, engasgado com tamanha bondade, perguntou se isso queria dizer que, um dia, podia vir a fazer tudo aquilo que quisesse. Ao que o Rei respondeu:

 

- Não! Podes fazer mais… do que tudo aquilo que quiseres.

 

Sempre que lhes querem segurar o furor, os pais oferecem aos filhos um pouco mais que os seus desejos. É assim que um planalto se converte numa casa de chocolate. Ou se transforma num castelo que desaba, se preferirem.

 

 

 

2. O Padre António Vieira dizia que «não há poder maior no mundo que o do tempo: tudo sujeita, tudo muda, tudo acaba». E tem razão. Mas o carinho que damos ao tempo tem muito a ver com quem nos acarinha com tempo: é a forma como somos amados pela vida que a torna amável para nós.

 

Como as crianças merecem muito tempo dos pais «um dia», para elas, nunca será tarde demais. Na verdade, é uma forma de dizerem - para si próprias - que, logo que lhes apeteça, farão tudo aquilo que quiserem. Mas porque, entretanto, foram acumulando muitas coisas para fazer (ou porque deixaram de ter quem lhes acarinhasse o tempo como só os pais sabem fazer, quando somos pequeninos) «um dia» - para a maioria das crianças – fica para mais tarde; algures na adolescência. Depois, esperam que os 18 anos apaguem a distância entre sonhar fugir de casa e poder sair. Chegadas lá, imaginam que, não dependendo da mesada dos pais, poderão (finalmente) fazer aquilo que quiserem. Mas, logo depois, seja pelo que for, tudo aquilo que imaginavam querer espera e espera. A seguir, tornam-se pais. E «um dia» fica sempre para mais tarde. Até que o futuro e a carreira dos filhos esconde o «tarde demais» que se torna cada «mais que tudo aquilo que quiseres» que os pais desejaram para si.

 

3. Apesar de tantos «tarde demais», eu acho que, secretamente, cada pai imagina que tem, ainda, o tempo todo que quiser, como se fosse uma criança que imagina que um desejo depende só dum apetite. Depois de várias mortes à sua volta (mesmo que se deem devagarinho) cada pai continua a viver como se, para os seus sonhos, quase nada se tivesse, realmente, transformado. E, hoje como dantes, a guardar para … «um dia» tudo aquilo não vive. Na verdade, passa muito tempo até que se descubra que «um dia» é, quase sempre, nunca mais!

 

 

 

4. Compreendo que as pessoas se envergonhem, perante si próprias, sempre que «um dia» fique para nunca mais. Parece-me que, quando é assim, os seus verbos se atulham de pretéritos. Com muitos: «gostava», «fui» ou «queria». E o mesmo «desculpe…» antes de qualquer pedido. Sempre que a vida se perde em pretéritos, talvez o futuro se torne uma forma de conjugar a tristeza com pó arroz. Na verdade, o melhor do mundo é o futuro (se ele for uma forma de escalonar os sonhos, tornando-os exequíveis). Mas o presente talvez seja, entre todos, o mais importante dos tempos verbais. Não no sentido de viver cada dia como se fosse o último, mas porque cada dia é, realmente, quase único. O que o Rei leão não disse ao leãozinho é que o «mais que tudo aquilo que quiseres» não é um corrupio de desejos. Mas o que torna único cada dia é que alguém faça de planalto só para nós. E que se ama a vida quando se diz eu e tu ao mesmo tempo. Na verdade, o que ele devia mesmo ter-lhe dito é que o «nós» não é a primeira pessoa do plural mas o plural na primeira pessoa.

 

 

 

5. Seja como lugar de chegada ou como um presságio que nos persegue, o destino não é amigo do futuro. Da mesma forma que cada viagem é mais importante que o seu destino, também com o amor será assim. É por isso que nunca somos amados: somos amáveis, o que faz toda a diferença.

 

Cada «mais que tudo aquilo que quiseres» da nossa vida só se concretiza com a esperança de que, «um dia», alguém nos torne amáveis (com que nos ajude a apanhar tudo aquilo que, até aí, parecia ter ficado aconchegado num qualquer «tarde demais».) É por isso que esperança e destino nunca se confundem. Esperança é comunhão: um planalto. O destino, solidão: um castelo que desaba. A esperança torna os sonhos plurais na primeira pessoa. O destino é quando as feridas mandam mais que os próprios sonhos.

 

http://www.paisefilhos.pt/index.php/opiniao/eduardo-sa/6067-amanha-e-nunca-mais

publicado por salinhadossonhos às 15:02

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