No final de um ano partilhado, fomos construindo, crianças e adultos, a nossa vida e a nossa cumplicidade. Foi um tempo de intimidade, tempo de crescimento, de aprender, brincar e amar.
Dizem filósofos e cientistas que a experiência da pertença e da confiança é vital na vida. Tecemo-la junto dos que são mais nossos. Efectivamente, somos uns com os outros, maturamos em conjunto, sobretudo na rede afectiva com aqueles que mais amamos.
Este ano, também quisemos incentivar o tempo no qual as crianças se foram abrindo à vida para além dos pais, ou seja à descoberta de um mundo maior. Nesse sentido foram-lhes proporcionadas as mais diversas experiências: realizar a sementeira das batatas, participar no Desfile “Braga Romana”, visitar o “Portugal dos Pequenitos”, diversão nos carroceis de S.João, experiência de equitação na “Quinta da Clarinha” e contacto com vários animais domésticos, semana de praia na Apúlia. Este caminho é fundamental, pois trata-se do seu percurso de autonomia, de abertura ao risco e ao gozo de viver. Enfrentando novos desafios, as crianças descobrem também novas competências, e daí novos sentidos para a sua vida.
É importante dar espaço aos nossos filhos para que vão ampliando as suas redes afectivas, que devem ultrapassar o núcleo familiar e alargar-se a uma comunidade maior, de amigos, de escola, de outras famílias. A cumplicidade com a humanidade é um valor que vale a pena ensinar às crianças.