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Terça-feira, 19 / 05 / 15

BragaRomana - Reviver Bracara Augusta

´Braga Romana - Reviver Bracara Augusta´ - de 20 a 24 de Maio de 2015.

A edição deste ano da “Braga Romana” comemora os primeiros tempos de vida daquela que foi a Opulenta Cidade Bracara de Augustus.

Recriaremos o universo romano, em particular o quotidiano dos denominados Bracaraugustanos.

Uma recriação histórica que acontecerá no centro da Cidade de Braga, na forma de cortejos, mercado, área de alimentação, tabernas, espectáculos, animação de rua, acampamento militar, etc. Descubram-nos... se forem capazes!

 

https://www.facebook.com/BragaRomana?fref=ts

publicado por salinhadossonhos às 21:44
Sexta-feira, 15 / 05 / 15

Dia Internacional da Família

 
Joana Oliveira
Dia Internacional da Família

Em 1993, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 15 de maio como Dia Internacional da Família. Desde então comemora-se este dia, de forma a chamar a atenção para questões que influenciam o dia a dia da Família, e para que se reconheça o papel nuclear da família na sociedade e se incentive a adoção de medidas no sentido de melhorar a sua condição.

As escolas têm vindo a incluir a comemoração deste dia nos seus calendários escolares, de modo a transmitir às crianças a importância da família para todos nós, enquanto seres Humanos e sociais.

Nos dias que correm torna-se urgente e fundamental incentivar as crianças para a vida familiar, na qual partilhamos momentos de afetividade, proximidade, calor humano, harmonia, amor, carinho. Enfim, sentimentos fundamentais para as crianças crescerem e se desenvolverem de forma equilibrada.

No entanto, a experiência como educadora, ao longo destes anos, também me diz que vivemos num mundo em transformação, não só a nível económico, sociocultural e religioso mas também familiar. O conceito de família está a mudar.

É fundamental a comunidade escolar acompanhar essas transformações, de forma a ajudar as nossas crianças a lidarem com esta situação da melhor maneira possível. Um dos fatores que mais influenciaram a transformação das famílias foi o crescente número de divórcios que se tem verificado nos últimos anos, levando-nos à reestruturação do conceito de família.

Deixa de existir apenas a tradicional família nuclear, composta pelos pais e filhos, para nos depararmos com novas realidades, como a família monoparental, que faz parte da realidade de grande parte das nossas crianças.

Como profissional da educação sinto-me no dever de dar a conhecer às minhas crianças as diferenças entre as distintas realidades familiares, trabalhando com elas este conceito, não só no dia 15 de maio mas também ao longo de todo o ano. Procuro, assim transmitir-lhes a ideia de que, acima de tudo, não importa o tipo de família em que vivemos, mas sim como a vivenciamos.

O mais importante é o AMOR que sentimos uns pelos outros. E não existe nada melhor para uma criança do que se sentir AMADA por quem a rodeia.
http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/paginas-especiais/educacao-pre-escolar/opiniao-pre/dia-internacional-da-familia/
 
As nossas familias responderam ao desafio lançado e realizaram lindos trabalhos!

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publicado por salinhadossonhos às 02:42
Sexta-feira, 01 / 05 / 15

Dia do trabalhador

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publicado por salinhadossonhos às 22:45
Quarta-feira, 29 / 04 / 15

Dia Mundial da Dança

O Dia Mundial da Dança celebra-se todos os anos a 29 de abril.

A data foi criada em 1982 pelo Comité Internacional da Dança (CID) da UNESCO, que escolheu o dia 29 de abril como o Dia Internacional da Dança.

A comemoração tem por base o dia de nascimento de Jean-Georges Noverre, que nasceu em 1727 e foi um dos grandes nomes mundiais da dança.

Comemorações do Dia Mundial da Dança

A celebração do Dia Mundial da Dança tem como objetivo celebrar esta arte e mostrar a sua universalidade, independentemente das barreiras políticas, culturais e éticas.

Neste dia são várias as atividades desenvolvidas por associações, escolas e outras entidades ligadas à dança, para promover esta arte que é vista como linguagem universal, promotora de ideais como a liberdade de expressão e a igualdade de direitos.

Espetáculos, workshops e palestras são algumas das iniciativas que decorrem no Dia Mundial da Dança.

Frases Sobre Dança

  • "Perdido seja para nós aquele dia em que não se dançou nem uma vez!" Nietzsche
  • "Não é o ritmo nem os passos que fazem a dança mas a paixão que vai na alma de quem dança." Augusto Branco
  • "Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!" Isadora Duncan

http://www.calendarr.com/portugal/dia-mundial-da-danca/

Para comemorarmos este dia, fizemos uma atividade bem especial com a professora Natália.

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publicado por salinhadossonhos às 22:31
Terça-feira, 28 / 04 / 15

Educar exige tempo e disponibilidade

 
Manuel Rangel

Educar, criar hábitos pessoais e sociais corretos, desenvolver a autonomia das crianças exige muita vontade e determinação, mas também muito tempo e disponibilidade – tudo aquilo que, em geral, falta às famílias de hoje!

Reprimir as birras, deixar as fraldas, largar a chupeta e o biberão, comer pela sua mão, saber estar à mesa com os adultos, vestir-se a si próprio, tomar banho sozinho, respeitar os outros, em particular os mais velhos, cumprir regras são, efetivamente, hábitos fundamentais para o crescimento das crianças, mas que, ao contrário do que pode parecer, exigem de nós, pais e educadores, muito tempo.

Se elas viessem ensinadas e treinadas seria, então sim, para nós, muito mais fácil: já teriam todos esses hábitos interiorizados! Mas como assim não é, muitas vezes, dá menos trabalho e é bem mais fácil: ceder ao choro e dar-lhes o que querem no momento, porque já não os podemos ouvir; pôr-lhes uma fralda, para não termos de nos levantar duas ou três vezes durante a noite ou, então, para não estarmos ali tanto tempo à espera…; dar-lhes a chupeta, para que adormeçam mais depressa; “enfiar-lhes” o biberão enquanto nos vestimos; vesti-los e “despachá-los” de manhã para podermos chegar todos a horas ao trabalho; dar-lhes de jantar na cozinha, separados do resto da família, para jantarmos em paz; deixá-los interromper e sobreporem-se aos adultos, senão não se calam; etc., etc., etc.

É, de facto, mais consentâneo com o nosso ritmo de vida, com as exigências atuais, com a nossa pressa constante, com o nosso frequente cansaço e até com o nosso comodismo cedermos, naquilo em que devíamos ser exigentes, deixarmos para amanhã aquilo que devia ser feito desde já, adiarmos um pouco o que sabemos vir a ser inevitável – “Até porque também nós temos os nossos interesses e temos de ter o nosso tempo e a nossa vida, então, não é?!… e eles, também, coitados!...”

Por isso – e afirmo-o com vasto conhecimento de causa – é, hoje, tão frequente ver crianças numa estranha discrepância: mexem com enorme à vontade em consolas, comandos, vídeos, computadores e telemóveis, papagueiam umas palavras em inglês, veem telenovelas e programas de gosto discutível, discutem com os pais, avós e educadores, mas, muitas vezes, aos 5, 6 , 7 anos ainda usam chupeta e até fralda à noite (pasme-se!!!), tomam biberão de manhã, são incapazes de estar sentados à mesa, não articulam a maioria das palavras com correção, mas interrompem, sistematicamente, os adultos!

Neste tempo de tanta contabilidade, para pais e educadores é uma pura ilusão esta economia de tempo e de esforço! Mais não fazem do que adiar os problemas e, na maior parte dos casos, de os agravar. Porque deixam consolidar hábitos que demorarão muito mais a corrigir, porque infantilizam as crianças, porque lhes criam, no futuro, problemas na relação com os outros e na convivência social e, sobretudo, porque atrasam a sua aprendizagem e o desenvolvimento da sua autonomia.

Em casa ou na escola, é necessário bom senso para educar! Mas, mais do que isso, é necessário tempo e disponibilidade: o tempo gasto na “hora certa” não é tempo perdido! É um tempo ganho em termos de bem-estar e desenvolvimento da criança… e, a prazo, em termos da sua própria liberdade e autonomia, enquanto adultos!

http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/paginas-especiais/educacao-pre-escolar/opiniao-pre/disponibilidade

publicado por salinhadossonhos às 22:53
Sábado, 25 / 04 / 15

Dia da liberdade

Às vezes é difícil conseguirmos explicar o significado do feriado do 25 de Abril aos nossos filhos, principalmente porque muitos de nós éramos muito pequenos ou ainda nem éramos nascidos na altura da revolução.

Talvez começando por explicar como eram algumas coisas antes do 25 de Abril, comparando como são hoje:

Antes só havia um partido político que apoiava o Governo e apesar de haver eleições estas não eram livres, já que só se podia votar no partido do Governo e as mulheres só podiam votar se tivessem concluído o ensino secundário (o que não era muito comum).

As mulheres necessitavam de autorização escrita do marido para fazer determinadas coisas, como por exemplo, viajar sozinhas para o estrangeiro ou ter um negócio próprio.

Não se podia dizer mal do Governo, quem o fizesse era preso; existia uma polícia política com uma rede de informadores por todo o país, que escutavam quase todas as conversas e as denunciavam caso fossem contra a lei.

As pessoas que se casassem pela Igreja não se podiam divorciar.

Cada empresa pagava o que queria aos seus trabalhadores, ao contrário dos dias de hoje em que há um salário mínimo.

Para poderem ser publicadas, as notícias tinham de ser autorizadas pela Censura, bem como as peças de teatro, as músicas, os livros, os programas de tv, etc., ao contrário de hoje que há Liberdade de Imprensa.

Os jovens passavam quatros anos na tropa, o serviço militar obrigatório, dois dos quais na Guerra do Ultramar (guerra nas colónias africanas); enquanto que hoje o serviço militar deixou de ser obrigatório.

Havia escolas de rapazes e de raparigas, não havia turmas mistas.

Estas são apenas algumas coisas que mudaram... havia muito mais injustiças...

A certa altura, os militares sabendo que a Guerra do Ultramar era uma guerra impossível de ser ganha fundaram o MFA (Movimento das Forças Armadas) e no dia 24 de Abril de 1974 tentam derrubar o Governo.

Às 5 para as 11 da noite, passa na rádio a canção "E Depois do Adeus", de Paulo de Carvalho, a primeira senha para o início das operações do MFA.

À meia noite e vinte é passada na rádio a segunda senha "Grândola Vila Morena", de Zeca Afonso.

Uma coluna militar de tanques, comandada pelo Capitão Salgueiro Maia sai da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém em direcção à capital, onde toma posição junto aos ministérios e depois cerca o Quartel do Carmo onde se tinha refugiado o chefe do Governo, Marcelo Caetano.

Durante o dia, os populares juntam-se aos militares. Conta-se que a certa altura uma vendedora de flores começou a distribuir cravos e os soldados enfiavam-nos nos canos das espingardas e os populares colocavam-nos ao peito. Por isso se chama ao 25 de Abril a Revolução dos Cravos, por ter sido uma revolução pouco violenta com apenas 4 mortos e poucos feridos.

Ao fim da tarde, Marcelo Caetano rendeu-se e entregou o poder ao General Spínola.

Para além do Capitão Salgueiro Maia, que comandou a coluna de Santarém, outros militares desempenharam papéis importantes no 25 de Abril. O major Otelo Saraiva de Carvalho foi o comandante operacional do golpe, dirigindo as operações a partir do Quartel da Pontinha, nos arredores de Lisboa. Outros nomes importantes são major Melo Antunes, o capitão Vasco Lourenço, o major Vítor Alves, o general Costa Gomes e o general Spínola.

Normalmente, nesta data na TV passam alguns filmes e documentários que nos ajudam a explicar aos miúdos a importância desta data!

25 de Abril Sempre!

 http://www.portaldosmiudos.com/artigos/30-artigo/305-o-25-de-abril-explicado-aos-miudos.html

publicado por salinhadossonhos às 02:24
Terça-feira, 23 / 12 / 14

Dicas para um Natal Ecológico

Dicas para um Natal Ecológico

 

Se é verdade que podemos tomar pequenas atitudes no nosso dia-a-dia para melhorar e ajudar o meio ambiente, também é verdade que as podemos estender às épocas festivas, como é o Natal.

 


Siga algumas das nossas dicas e tenha um Natalmais económico e amigo do ambiente:


1. Se não tiver, compre uma árvore de Natal sintética e reutilize-a durante muitos anos. Se for sempre guardada e bem acondicionada na sua caixa, manter-se-á como nova.


2. Decore a sua árvore de forma ecológica: Recicle!
Por exemplo:

  • 2.1. Faça pequenos recortes de revistas e velhos jornais, em forma de pequenas argolas, estrelas, o que quiser. Pode usar algumas para enfeitar a árvore. Outras pode agrafar e formar uma corrente, que deve substituir as tradicionais fitas.
  • 2.2. Recicle os seus pacotes de leite. Use-os para fazer formas de anjos e estrelas, com a parte prateada do lado visível. Faço pequenos furos e pendure as formas na árvore, substituindo as bolas de Natal.

 


3. Para a iluminação, use lâmpadas LED, porque têm consumos inferiores às lâmpadas incandescentes.


4. Se tiver lareira, evite as acendalhas. Use tiras de cascas de laranjas secas e de outros frutos. Além de poupar dinheiro e o ambiente, ainda proporciona um agradável cheiro frutado.


5. Prendas - Como poupar e ajudar o ambiente:

  • 5.1.Para os embrulhos das prendas de Natal, reutilize os papéis de embrulho de anos anteriores.
  • Se não tiver, ou se não forem reutilizáveis, faça o seu próprio embrulho. Utilize papel reciclado, ou mesmo jornais, e faça desenhos. Pode estampar o papel com carimbos feitos de batata, em forma de estrelas, ou árvores de Natal.
  • A chave é a imaginação!
  • 5.2. Em Alternativa, pode sempre enviar postais de natal e-cards. Poupa em dinheiro e no papel, ajudando o meio ambiente.

 


6. No fim, tudo aquilo que não utilizar, juntamente com os resíduos dos seus trabalhos manuais, deverão ser colocados num ecoponto perto de si.


Seja amigo do Ambiente e tenha um Natal económico, ecológico, e mais original!

 

http://ambiente.kazulo.pt/14418/dicas-para-um-natal-ecologico.htm

 

 

 

publicado por salinhadossonhos às 02:56
Terça-feira, 25 / 11 / 14

“O mimo nunca estraga uma criança”

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O pediatra Mário Cordeiro escreveu mais livro dirigido aos pais. Desta vez, sobre “Educar com Amor”, porque, como explica, “amar é a palavra-chave” e “educar é o seu apêndice”. Em entrevista à Pais&filhos apela aos pais que sejam mais coerentes, mais frugais e que digam aos filhos que os amam, “sem cerimónias”.

 

 

 

Começa o livro com um exemplo bem conhecido de quase todos os pais: uma birra gigante no supermercado, no final de um dia de escola/trabalho, porque a Maria, de três anos, quer um pacote de bolachas e a mãe não quer comprar. A mãe deve comprar as bolachas à Maria ou não?

 

Isso é uma minudência no meio desse imbróglio. A mãe deve agir como entender, mas “curto e seco”, no sentido de comprar a birra ou as bolachas, mas não ficar num “entre cá e lá” que só confunde a criança e aumenta o stresse. Num momento ser possível e no outro não, acabará por bombardear a criança com mensagens contraditórias. A mãe, porventura, deveria ter poupado – à Maria e a ela própria – aquela cena, pensando numa melhor altura para ir às compras, que não um final de tarde de um cansativo dia.

 

 

 

Fala-se muito na necessidade de dizer “não” às crianças? Neste livro parece discordar dessa ideia…

 

Atenção que não partilho a ideia de alguns pediatras de que as crianças devem ser os reizinhos da casa e que o mundo deixa de girar porque suas excelências querem isto e aquilo. Defendo que se diga “não” e sublinho, várias vezes, que o “não”, quando adequado e justo, é a melhor forma de a criança aprender a viver com a frustração, e não ficarem umas pessoas egoístas, narcísicas e omnipotentes. Agora, entre o “não” sem explicações e que humilha e sacode, e o “não” em que se dão justificações, se ensina, se acarinha e se arranja uma alternativa e um plano B, C ou D, opto decididamente pelo segundo.

 

 

 

E os castigos são mesmo pedagógicos?

 

Claro que são. Tal como os prémios. Mas têm de ser adequados, justos, proporcionados, no tempo certo, e sempre, mas sempre mesmo, castigando o ato e o comportamento e nunca, mas mesmo nunca, a pessoa. A criança é querida, do sentido do verbo querer, e isso deve ser sublinhado naquela altura em que ela pensa que os pais vão deixar de gostar dela ou pensar que ela é feia ou má. Mas depois disto dito, o comportamento deve ser avaliado, dissecado e, se for caso, aplica-se a “justiça”, com penas, atenuantes e agravantes…

 

 

Um dos grandes medos dos pais é que os filhos não se sintam amados? Como é que podemos mostrar aos nossos filhos que os amamos?

 

Dizendo-lhes sem cerimónias, as vezes que considerarmos necessárias. Dizermos mas não para fazer um favor ou exibirmo-nos em frente de terceiras pessoas. Dizermos quando nos sai da alma. E mostrarmos, no quotidiano, que eles são uma prioridade. Não devem “comer-nos” a nossa vida, atabafar o nosso ser, cilindrar o nosso “eu”, mas têm de saber que os amamos. Amar – essa é a palavra-chave, e com ela vem o seu apêndice: Educar. Não há um sem o outro.

 

 

Quais são os maiores erros que os pais fazem que os impedem de educar os seus filhos com amor?

 

Quererem ser pais perfeitos, serem inseguros no seu amor, verem os filhos como cartões-de-visita ou sinais exteriores da sua grandiosidade, estilo “que grande mãe que eu sou por ter filhos tão bonitos”, quando isso ultrapassa o orgulho normal e natural que devemos ter em ter filhos. Outro aspeto é, dentro das nossas normais incoerências e inconsistências, inerentes ao ser humano, andarmos em zig-zag, ao sabor do vento, das modas, das redes sociais, e agirmos contra o que apregoamos: “Não acho bem que tenhas consolas, mas toma lá uma PS4, já que todos os teus amigos têm”. As crianças têm de ter a ideia de que estão em primeiro lugar para os pais – e estão! – mesmo que isso não signifique, pelo contrário, usurpar a vida dos pais, já que ambas as partes devem ter uma crescente autonomia interdependente.

 

 

 

A ideia de que o mimo demais ou o colo estraga as crianças já está mesmo fora de moda?

 

Nunca o mimo estraga uma criança – o que estraga é o desamor, o desamparo, a negligência, o desprezo, o não provimento das necessidades básicas e irredutíveis da criança. Há quem diga isso, mas é tão cientificamente errado como dizer que as vacinas fazem mal e que ter doenças é que é bom. Mas mimo é a expressão major do amor oblativo, ou seja, do que se dá “apenas porque sim”, e não de chantagens, negócios, estratégias de poder, etc.

 

 

No livro, tem um capítulo sobre as vantagens da agressividade. Pode explicar algumas?

 

Agressividade não é violência. Agressividade é a expressão do nosso polo hormonal adrenalínico (polo “pai”: ação, atividade, ousadia, crescer, arriscar). Se respeitar o outro, a agressividade é benéfica. Se entrar pelo desrespeito e pela violência, como “corta caminho” para se obter o que se deseja, então já estamos num patamar diferente, num quadro que deve ser censurado numa sociedade que se quer formada por cidadãos livres, responsáveis, humanistas e democratas.

 

 

 

As crianças de hoje brincam pouco na rua, a maior parte não sabe lançar o pião, nem nunca andou num carrinho de rolamentos. Acha que essas experiências fazem falta à infância?

 

Não sei se é a jogar ao pião ou com carrinhos de rolamentos – sou pouco nostálgico do passado em coisas assim. Sei que as crianças precisam de interação com o meio, as pessoas e os objetos usando os cinco sentidos e não apenas o visual com um bocadinho de áudio. Se é com piões ou se é jogando futebol… isso pouco importa. Mas favorecer a brincadeira em grupo, com contato e conflitos, aprender a dirimi-los, fruir a Natureza… aí sim.

 

 

 

Por outro lado, a maior parte das crianças adora e é expert em tecnologia. Como é que acha que deve ser a relação das crianças com as tecnologias?

 

Sempre houve tecnologias porque termos a oponência do polegar é a primeira das tecnologias! Quanto às novas – ecrãs nos seus vários matizes –, são boas desde que bem usadas, em qualidade e quantidade. Podemos ter 24 horas de zapping de luxo ou de lixo, mas uma coisa é certa: se estivermos 24 horas a ver tv não nos sobrará tempo para tudo o resto. A arte está em conseguir organizar a vida quotidiana de modo a poder fazer um bocadinho de tudo. É um desafio, mas se pararmos um bocadinho para pensar, veremos que temos muito mais graus de liberdade do que pensamos, desde que não nos deixemos levar por chavões e cultivemos uma vida frugal e simples, sem show-offs.

 

 

 

Existem tantas teorias e livros sobre todos os aspetos da educação de uma criança e até sobre a forma de amar um filho. Onde é que fica o instinto no meio de tanta informação?

 

O instinto é o que conta mais, mas a questão é saber se o instinto não tem de ter baias e limites, ele próprio. Será instintivo, eventualmente, dar bofetadas ou puxar as orelhas a uma criança que não faz o que os pais dizem ou que é malcriada… e contudo, este comportamento deve ser interdito. O instinto dá ao animal humano capacidade de fazer o melhor, mas também de exercer, sobretudo face a mais fracos, um poder que pode ter raias de perversidade e de vingança “pelos males do mundo”. E, como em tudo na vida, a Ciência – pediatria, psicologia, antropologia, sociologia, ética – pode ajudar os pais a balizar os seus comportamentos sem lhes dizer propriamente o que devem fazer, estilo “manual de etiqueta”.

 

 

 

O que é que faz falta às crianças de hoje?

 

É difícil particularizar, dado que, como afirmou Ortega y Gasset, “nós somos nós e as nossas circunstâncias”, e as circunstâncias variam quase tanto como as pessoas. Todavia, creio que falta cultivar a frugalidade, o que é diferente da pobreza, embora muitas vezes confundida. Ser pobre é não poder ter. Ser frugal é poder ter e não querer ter porque será redundante, exagerado ou desperdício. Devemos divertir-nos mais com coisas naturais, não dispendiosas, e ensinar as crianças a amarem a vida e a balizarem os comportamentos pela ética. Confundir o Bem e o Mal e desculpar ou branquear o Mal é um dos problemas com que nos enfrentamos. Simplicidade, humildade, cultura, divertimento com coisas pequenas, relações interpessoais e não meramente em redes sociais… enfim, fica uma ideia. Mas, note-se, não defendo, pelo contrário, o regresso à Idade das Cavernas!

 

 

 

E o que é que as faz felizes?

 

Serem amadas. Sentirem-se amadas, acompanhadas, orientadas. Sentirem limites. Saberem que alguém se preocupa em ensiná-las e terem gosto em aprenderem, em aperfeiçoarem-se, em serem melhores e transcenderem-se, e também em fazerem bem “porque sim”, como pessoas honradas e cidadãos intervenientes que devem ser. A felicidade passa também por se sentirem únicas, importantes e imprescindíveis. Claro que um geladinho ou chocolates, um passeio ou um cinema de vez em quando também as faz felizes, tal e qual um beijinho inesperado no meio do corredor ou um abraço “só porque apetece”… e aos pais igualmente, quando as acompanham nesses momentos irrepetíveis. 

 

 

 

http://www.paisefilhos.pt/index.php/destaque/7506-o-mimo-nunca-estraga-uma-crianca?start=1

publicado por salinhadossonhos às 01:54
Terça-feira, 18 / 11 / 14

25.º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança

25.º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança
Manuel Rangel
Comemoram-se, dentro de alguns dias, os 25 anos da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança.

Como afirmava, há dias, a este propósito, Dulce Rocha, Presidente do Instituto de Apoio à Criança (IAC) e ex-Presidente da Comissão Nacional de Proteção das Crianças e Jovens em Risco, trata-se, certamente, “do texto internacional mais consensual do nosso tempo”, contudo, todos “sabemos que continuam a ser as crianças os seres mais vulneráveis, vítimas das maiores atrocidades por esse mundo fora”.

Se estivermos atentos ao mundo à nossa volta, é essa, realmente, a nossa experiência diária – senão direta, através da comunicação social do mundo inteiro.

Enquanto educadores, obrigatoriamente comprometidos com esta problemática, perspetivo a nossa possibilidade (obrigatoriedade!) de envolvimento e intervenção a três níveis distintos.

Em primeiro lugar, como cidadãos do mundo, de pleno direito e com responsabilidade acrescida por dever profissional. Digamos que se trata do nível de intervenção política a que não devemos fugir, ainda que recorrendo a argumentos, fracos e revelando alguma cobardia, do tipo “nisso não me meto”, “não gosto de política”, “isso não é comigo”, “a política é com eles”. Temos, nesse plano, o dever de estar informados, de conhecer a realidade que nos cerca, de não ignorar, de divulgar, de refletir sobre aquilo que se passa no mundo, seja mais ou menos próximo, e de tomar posições e fazer escolhas quando a isso somos chamados. Ou seja, não temos como cidadãos o direito de ignorar, de ficar calados, de não tomar posição.

Num segundo plano, e este já mais profissional, temos o dever de estar atentos e de refletir diariamente, e ainda num plano institucional e de intervenção cívica, sobre aquilo que está ao nosso alcance fazer, no sentido de garantir o respeito máximo pelos Direitos das crianças que nos rodeiam e/ou nos são confiadas – nomeadamente, o direito à não discriminação por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas, nacionalidade ou origem social, posição económica, nascimento ou outra condição; o direito à educação; o direito de todas as crianças a alimentação, moradia e assistência médica adequadas; o direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade; o direito à proteção contra maus-tratos e negligência; o direito à educação e a cuidados especiais para as crianças física ou mentalmente deficientes.

Não poderemos, evidentemente, resolver todos, ou mesmo a maioria, dos problemas que detetamos, não poderemos solucionar tudo o que observamos e nos aflige, não poderemos, certamente, fazer milagres. Contudo, há sempre alguma coisa que poderemos fazer mais e melhor. Há sempre uma maneira diferente de fazer o que temos a fazer e que fará a diferença, para as crianças com quem, de perto, lidamos.

A um terceiro nível, esse já quase apenas dependente de nós próprios, é a forma como revertemos os Princípios e Direitos estabelecidos na nossa prática, ou seja, a forma como podemos traduzir em atitudes e gestos diários esses mesmos Direitos, junto do círculo restrito das crianças com quem trabalhamos. É, certamente, um nível micro de intervenção, mas não desprezível, nem menos importante, no papel que podemos e devemos assumir de forma a assegurar o cumprimento desses Direitos face às crianças que estão a nosso cargo.

Organizaremos nós a nossa prática diária, de modo a garantir o respeito pelas diferenças e pela identidade própria de cada criança? Garantiremos nós, no nosso dia a dia de trabalho, na escola e sala se aula, o direito à liberdade de pensamento e expressão de cada uma das nossas crianças?

Criaremos nós, efetivamente, condições para que as crianças sejam ouvidas e possam exprimir livremente a opinião sobre os assuntos que lhes dizem respeito? Será que o nosso trabalho assegura, com efetividade e eficácia, o desenvolvimento da criança nas suas várias dimensões e vertentes? Será que lhes garantimos o direito efetivo a brincarem, segura mas livremente? Será que a forma como organizamos e desenvolvemos o nosso trabalho é suscetível de inculcar, efetivamente, nas crianças, qualquer que seja a sua idade, o respeito pelos direitos e liberdades fundamentais, o respeito pelos outros e pela sua identidade ou de as preparar para assumir responsabilidades na vida coletiva?  

Na realidade, a forma como respeitamos e “praticamos” os Direitos da Criança, em cada pequeno gesto do nosso dia a dia, na relação e trabalho com as crianças, é fundamental não só para garantir o respeito efetivo por essa mesma criança como determinante na formação dos seus valores e, consequentemente, na sua formação como futuro cidadão de um mundo que pretendemos mais justo, mais democrático e igualitário.
 
http://www.portoeditora.pt/espacoprofessor/paginas-especiais/educacao-pre-escolar/opiniao-pre/25-aniversario-direitos-crianca/
publicado por salinhadossonhos às 19:11
Terça-feira, 11 / 11 / 14

Dia nacional do pijama

 O que é o Dia Nacional do Pijama®?

O Dia Nacional do Pijama® é um dia educativo e solidário feito por crianças que ajudam outras crianças.

Neste dia, as crianças até aos 10 anos (este ano, foi alargado às crianças do 1º ciclo), nas escolas e instituições participantes, de todo o país (continente e ilhas) - ou de países onde há portugueses -, vêm vestidas de pijama para a escola e passam, assim, o dia, em atividades educativas e divertida até regressarem a casa. 

O Dia Nacional do Pijama® realiza-se a 20 de novembro de cada ano. Nas semanas anteriores, as educadoras e professoras podem também organizar, na sala com as crianças e com as famílias, um conjunto de atividades lúdicas e educativas propostas pela Missão Pijama.

Este é um dia em que as crianças pequenas lembram, anualmente, a todos que "uma criança tem direito a crescer numa família".

O Dia Nacional de Pijama® é uma iniciativa e marca registada da Mundos de Vida®. É também uma iniciativa que faz parte da Missão Pijama®.

O Dia Nacional do Pijama é uma grande experiência educativa. É um dia divertido - permite o brincar espontâneo. É um dia educativo - permite incorporar intencionalidade pedagógica. É um dia que promove a escola de valores - permite que as crianças aprendam a partilhar e a viver a solidariedade. É também um dia que liga a família e a escola - permite a celebração do valor da familia e a aproximação entre os pais e a escola.

O Dia Nacional do Pijama é por isso, uma experiência educativa 3 em 1. 

É formado por três componentes: (1) lúdica, (2) educativa e (3) solidária. E contribui para a relação escola-família.

Para se potenciar a riqueza pedagógica da iniciativa, o Dia Nacional do Pijama deve ser planeado.

Deve ser comunicado e envolver os pais com antecedência.

Deve integrar atividades prévias de preparação. Exemplos: leitura compassada do novo livro infantil - ou outras histórias sobre a família; a construção da nova Casa dos Pijamas, etc... 

Se possível, deve ter, no próprio dia, o envolvimento da família: realização de alguma oficina para pais; ou painel para escrita de mensagens ou pensamentos, na entrada; ou, se possível, a realização de pequeno lanche com as crianças que poderá ser partilhado com os pais, dependendo do horário de funcionamento da escola.

Depois do Dia das Bruxas, a 31 de Outubro, (data de importação americana que entrou no calendário escolar e que se resume quase só a um dia divertido), o Dia Nacional do Pijama, a 20 de Novembro, é um dia afetivo bem português, 3 em 1, com valor educativo e que satisfaz vários objetivos das orientações curriculares de jardim de infância e creche.

O Dia Nacional do Pijama é um dia feito pelas crianças que ajudam outras crianças. Todas as três componentes são importantes e devem fazer parte do programa que as educadoras preparem com a sua criatividade e capacidade de inovação. A título de mero exemplo, podem encontrar nestas páginas algumas sugestões para a realização de atividades lúdicas, educativas e solidárias do Dia Nacional do Pijama.

http://www.mundosdevida.pt/_O_que_e_o_Dia_Nacional_do_Pijama

Já recebemos a nossa carta...

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Com tudo o que precisamos para festejar esse dia!

 

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publicado por salinhadossonhos às 21:50

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