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Terça-feira, 14 / 10 / 14

Como criar crianças equilibradas - Parte V


O próximo e último elemento a passa naturalmente pela "Alimentação"

A alimentação é peça fundamental quando falamos de saúde e equilibro orgânico.
Os alimentos devem ser vistos como o nosso combustível. Quanto pior a qualidade pior será o funcionamento da "maquina".

Não há muito que saber para ter uma dieta saudável do ponte de vista generalista. A nossa dieta deve ser constituída por alimentos e não por produtos. Esta distinção passa por analisar o que ingerimos. Se numa fase anterior a estar"na nossa mesa" o que estamos a ingerir tivesse raízes, folhas, patas, focinho, escamas, barbatanas, etc, então estamos perante um alimento. Se por outro lado se a fase anterior daquilo que estamos a ingerir tiver que passar obrigatoriamente por uma "fábrica" , então estamos perante um produto.

Será difícil manter um bom funcionamento orgânico se o corpo é alimentado a lixo.
Algo que me deixa perplexo é como consideramos normal que as crianças comam "porcarias". Trocamos a sua saúde por sorrisos.

Quem tem filhos com mais de 4 anos conhece esta realidade. Nas festas de aniversários dos colegas da escola, por exemplo, encontra-se com facilidade na mesa, rebuçados, gomas, marshmallows, misturados com pães de leite, refrigerantes... enfim um "mix" nada saudável. 

Pior que isso, na minha opinião, é quando temos a mesa dos adultos e a mesa das crianças. Na dos adultos há queijo, pão, frutas, carnes fatiadas, patês... na das crianças repete-se o menu: gomas, marshmallows, todo o género de rebuçados sumos, suminhos, refrigerantes... tudo o que a miudagem gosta (até porque se gostam é isso que conta- aqueles sorrisos valem ouro!!!!)

Ok, ok - podem vocês dizer - mas isso é nas festas das crianças. 

Ora vejamos então. 20 a 25 crianças por classe (turma), são 20 a 25 festas destas. Sendo cada uma delas a um sábado ou domingo, e considerando que o ano tem 52 sábados e domingos. Ou seja metade dos fins de semana do ano tem uma festarola bomba.
Se somarmos os aniversários familiares: irmãos, primos, pais, tios avós, dá para acrescentar pelo menos mais 10 festas. Adicionemos agora as festas tradicionais - Natal, Pascoa, Carnaval, Ano Novo, São Martinho, o Verão carregado de gelados e bebidas açucaradas! 
Em quantos excessos já vamos??

Tudo isto são as excepções, pensamos!

Olhemos agora para o dia-a-dia: Que pequeno almoço comem as crianças? Não é a primeira vez que vejo crianças a beber leite achocolatado e a comer "pão" com chocolate, ou bolachas. Uma vez uma mãe, ao ver a minha cara de horror, disse, sem que lhe tivesse perguntado algo: "Sabe, ela (a filha) é má de comer e assim sempre come qualquer coisinha de manhã!"

As crianças comem o que comem porque nós adultos disponibilizamos, compramos, oferecemos.

O equilíbrio orgânico passa pela saúde e um dos pilares da saúde é a alimentação. Contudo, sem terem exemplos não esperem os os vossos filhos sigam um padrão muito diferente daquele a que têm acesso!

As crianças podem não comer muito... mas devem comer bem.
Foto: Como criar crianças equilibradas - Parte V O próximo e último elemento a passa naturalmente pela "Alimentação"A alimentação é peça fundamental quando falamos de saúde e equilibro orgânico.Os alimentos devem ser vistos como o nosso combustível. Quanto pior a qualidade pior será o funcionamento da "maquina".Não há muito que saber para ter uma dieta saudável do ponte de vista generalista. A nossa dieta deve ser constituída por alimentos e não por produtos.  Esta distinção passa por analisar o que ingerimos. Se numa fase anterior a estar"na nossa mesa" o que estamos a ingerir tivesse raízes, folhas, patas, focinho, escamas, barbatanas, etc, então estamos perante um alimento. Se por outro lado se a fase anterior daquilo que estamos a ingerir tiver que passar obrigatoriamente por uma "fábrica" , então estamos perante um produto.Será difícil manter um bom funcionamento orgânico se o corpo é alimentado a lixo.Algo que me deixa perplexo é como consideramos normal que as crianças comam "porcarias". Trocamos a sua saúde por sorrisos.Quem tem filhos com mais de 4 anos conhece esta realidade. Nas festas de aniversários dos colegas da escola, por exemplo, encontra-se com facilidade na mesa, rebuçados, gomas, marshmallows, misturados com pães de leite, refrigerantes... enfim um "mix" nada saudável. Pior que isso, na minha opinião, é quando temos a mesa dos adultos e a mesa das crianças. Na dos adultos há queijo,  pão, frutas, carnes fatiadas, patês... na das crianças repete-se o menu: gomas, marshmallows, todo o género de rebuçados sumos, suminhos, refrigerantes... tudo o que a miudagem gosta (até porque se gostam é isso que conta- aqueles sorrisos valem ouro!!!!)Ok, ok - podem vocês dizer - mas isso é nas festas das crianças. Ora vejamos então. 20 a 25 crianças por classe (turma), são 20 a 25 festas destas. Sendo cada uma delas a um sábado ou domingo, e considerando que o ano tem 52 sábados e domingos. Ou seja metade dos fins de semana do ano tem uma festarola bomba.Se somarmos os aniversários familiares: irmãos, primos, pais, tios avós, dá para acrescentar pelo menos mais 10 festas. Adicionemos agora as festas tradicionais - Natal, Pascoa, Carnaval, Ano Novo, São Martinho, o Verão carregado de gelados e bebidas açucaradas! Em quantos excessos já vamos??Tudo isto são as excepções, pensamos!Olhemos agora para o dia-a-dia: Que pequeno almoço comem as crianças? Não é a primeira vez que vejo crianças a beber leite achocolatado e a comer "pão" com chocolate, ou bolachas. Uma vez uma mãe, ao ver a minha cara  de horror, disse, sem que lhe tivesse perguntado algo: "Sabe, ela (a filha) é má de comer e assim sempre come qualquer coisinha de manhã!"As crianças comem o que comem porque nós adultos disponibilizamos, compramos, oferecemos.O equilíbrio orgânico passa pela saúde e um dos pilares da saúde é a alimentação. Contudo, sem terem exemplos não esperem os os vossos filhos sigam um padrão muito diferente daquele a que têm acesso!As crianças podem não comer muito... mas devem comer bem.
https://www.facebook.com/consultoriodeosteopatia.goncalocosta?fref=ts
publicado por salinhadossonhos às 01:45
Terça-feira, 07 / 10 / 14

Como criar crianças equilibradas - Parte IV (ou IIII à romano!!!)


O segundo elemento é o Sono.

O sono é hoje em dia um dos temas mais discutidos. 
Uma má qualidade e quantidade de horas de sono, traz danos profundos ao sistema nervoso central.

Assim sendo é de extrema importância que as crianças tenham, desde cedo "Regras e Limites" no que diz respeito ao período de sono e às horas de recolher.

Bem sei que muitos pais chegam tarde a casa e querem aproveitar o tempo com os seus filhos. Bem sei que as crianças por vezes fazem birras para ir para a cama e é mais fácil deixa-las na sala, na companhia dos pais, em frente à televisão até adormecerem por exaustão. Bem sei que quando se sai à noite é difícil de por as crianças cedo na cama. Bem sei que os bebés choram a meio da noite e que não é fácil adormece-los imediatamente.
Sei tudo isso!

Antes de iniciar uma retórica sobre os benefícios do sono, gostava de vos abordar a fisiologia do sono de uma forma simples.

Como podem facilmente constatar, as pálpebras são translúcidas. Façam o seguinte teste: de frente para um foco luminoso fechem os olhos. Com os olhos fechados, coloquem as mãos à frente da cara. Fica ainda mais escuro, certo? Ora bem, se as pálpebras são translúcidas deixam passar alguma luz. Essa luz estimula os olhos que por via nervosa comunicam com o hipotálamo, alertando-o que o dia está a começar e para isso são necessárias hormonas de actividade para acordar o corpo. A redução da luminosidade cria a resposta contrária - hormonas de relaxamento para entrar na fase de repouso, descanso e recuperação. Isto aplica-se como é óbvio aos animais naturalmente diurnos. Os noctívagos respondem de forma contraria. Só para esclarecer: os humanos são naturalmente diurnos. Este comportamento pode ser facilmente observado em muitos pássaros. Independentemente da estação do ano eles voltam ao ninho quando começa a escurecer a uma fase do dia e não a uma determinada hora. O despertar hormonal por luminosidade pode ser comprovado por quem já bivacou ou fez campismo em estados mais selvagens. Assim que o sol começa a ficar mais intenso, acordamos naturalmente. Nos países nórdicos condicionados à presença de luz solar, despertadores de luz são usados em vez de despertadores sonoros. É um despertar suave, agradável e natural. É um despertar "que vem de dentro" ao contrario do despertar sonoro que é por estimulação externa.

Assim podemos entender que tipo de efeito tem uma televisão sobre um bebé, mesmo que este esteja a dormir. Assim podemos entender que tipo de efeito tem sobre um recém nascido as tão usadas "luzes de presença" (que são na realidade para acalmar os pais e não os bebés). Assim podemos entender o efeito que tem sobre uma criança períodos prolongados a videojogos!

Os bebés como ja disse, são ate aos 2 anos autenticas crias. Comandados por instintos naturais e não por aprendizagem e com um ritmo metabólico alto, tem uma alta necessidade de repouso. A recomendação actual é que o dia de um bebé seja dividido em dois períodos de 12 horas. 12 horas de dia, 12 horas de noite. 

Não sugiro que durmam por 12 horas seguidas, mas devem sim estar num ambiente escuro durante 12 horas. Mesmo que não estejam a dormir o seu cérebro está em repouso, em fase de não estimulo hormonal de actividade. Estudos indicam que um bebé acordado às escuras tem menos actividade cerebral do que um bebé a dormir num ambiente de luz.

Desta maneira conclui-se que o período ideal para os bebés recolherem é entre as 19h e as 21h e o seu despertar deve ser 12 horas depois, ou seja entre as 7h e as 9h.

Compreendo que no Inverno fica noite pelas 17h, assim o que se deve fazer é provocar um "entardecer" em casa. Se pretendem recolher o bebé às 20:30, pelas 20h comecem a reduzir progressivamente as luzes que têm em casa. Assim evitam que ele passe de um ambiente rico em luz para um totalmente escuro e fomentam a tal produção de hormonas de relaxamento.
Para acordar o processo deve ser inversamente identico. Nunca se acorda um bebé. Criam-se sim condições para que ele acorde. Levantam-se os estores, abrem-se cortinados e deixa-se que a luz actue sobre o organismo dele.
Durante o dia, nunca se coloca uma criança com menos de 2 anos num ambiente escuro.

No caso do sono quanto mais aplicarem o processo "Regras e Limites", ou seja quanto mais forem fieis a um horário melhor ele funciona. Quantas mais forem as excepções mais dificuldades terão. Lembrem-se, no entanto que, uma noite fora do habito não se recupera na noite seguinte. Pode criar, sim, perturbações nos horários dos dias seguintes.

Sem uma boa qualidade de sono, a criança anda continuamente em fadiga. Come pior, certamente terá menor capacidade de concentração, a tendência para a descoordenação motora fica aumentada.

Amar uma criança não é querer fazer-lhe, por exemplo, a vontade de ficar a ver televisão até mais tarde. Ama-la é fazer o que é melhor para ela (Amor Incondicional), mesmo que isso vá contra os seus desejos (Regras e Limites).
Foto: Como criar crianças equilibradas - Parte IV (ou IIII à romano!!!)O segundo elemento é o Sono.O sono é hoje em dia um dos temas mais discutidos. Uma má qualidade e quantidade de horas de sono, traz danos profundos ao sistema nervoso central.Assim sendo é de extrema importância que as crianças tenham, desde cedo "Regras e Limites" no que diz respeito ao período de sono e às horas de recolher.Bem sei que muitos pais chegam tarde a casa e querem aproveitar o tempo com os seus filhos. Bem sei que as crianças por vezes fazem birras para ir para a cama e é mais fácil deixa-las na sala, na companhia dos pais, em frente à televisão até adormecerem por exaustão. Bem sei que quando se sai à noite é difícil de por as crianças cedo na cama. Bem sei que os bebés choram a meio da noite e que não é fácil adormece-los imediatamente.Sei tudo isso!Antes de iniciar uma retórica sobre os benefícios do sono, gostava de vos abordar a fisiologia do sono de uma forma simples.Como podem facilmente constatar, as pálpebras são translúcidas. Façam o seguinte teste: de frente para um foco luminoso fechem os olhos. Com os olhos fechados, coloquem as mãos à frente da cara. Fica ainda mais escuro, certo? Ora bem, se as pálpebras são translúcidas deixam passar alguma luz. Essa luz estimula os olhos que por via nervosa comunicam com o hipotálamo, alertando-o que o dia está a começar e para isso são necessárias hormonas de actividade para acordar o corpo. A redução da luminosidade cria a resposta contrária - hormonas de relaxamento para entrar na fase de repouso, descanso e recuperação. Isto aplica-se como é óbvio aos animais naturalmente diurnos. Os noctívagos respondem de forma contraria. Só para esclarecer: os humanos são naturalmente diurnos. Este comportamento pode ser facilmente observado em muitos pássaros. Independentemente da estação do ano eles voltam ao ninho quando começa a escurecer a uma fase do dia e não a uma determinada hora. O despertar hormonal por luminosidade pode ser comprovado por quem já bivacou ou fez campismo em estados mais selvagens. Assim que o sol começa a ficar mais intenso, acordamos naturalmente. Nos países nórdicos condicionados à presença de luz solar, despertadores de luz são usados em vez de despertadores sonoros. É um despertar suave, agradável e natural. É um despertar "que vem de dentro" ao contrario do despertar sonoro que é por estimulação externa.Assim podemos entender que tipo de efeito tem uma televisão sobre um bebé, mesmo que este esteja a dormir. Assim podemos entender que tipo de efeito tem sobre um recém nascido as tão usadas "luzes de presença" (que são na realidade para acalmar os pais e não os bebés). Assim podemos entender o efeito que tem sobre uma criança períodos prolongados a videojogos!Os bebés como ja disse, são ate aos 2 anos autenticas crias. Comandados por instintos naturais e não por aprendizagem e com um ritmo metabólico alto, tem uma alta necessidade de repouso. A recomendação actual é que o dia de um bebé seja dividido em dois períodos de 12 horas. 12 horas de dia, 12 horas de noite. Não sugiro que durmam por 12 horas seguidas, mas devem sim estar num ambiente escuro durante 12 horas. Mesmo que não estejam a dormir o seu cérebro está em repouso, em fase de não estimulo hormonal de actividade.  Estudos indicam que um bebé acordado às escuras tem menos actividade cerebral do que um bebé a dormir num ambiente de luz.Desta maneira conclui-se que o período ideal para os bebés recolherem é entre as 19h e as 21h e o seu despertar deve ser 12 horas depois, ou seja entre as 7h e as 9h.Compreendo que no Inverno fica noite pelas 17h, assim o que se deve fazer é provocar um "entardecer" em casa. Se pretendem recolher o bebé às 20:30, pelas 20h comecem a reduzir progressivamente as luzes que têm em casa. Assim evitam que ele passe de um ambiente rico em luz para um totalmente escuro e fomentam a tal produção de hormonas de relaxamento.Para acordar o processo deve ser inversamente identico. Nunca se acorda um bebé. Criam-se sim condições para que ele acorde. Levantam-se os estores, abrem-se cortinados e deixa-se que a luz actue sobre o organismo dele.Durante o dia, nunca se coloca uma criança com menos de 2 anos num ambiente escuro.No caso do sono quanto mais aplicarem o processo "Regras e Limites", ou seja quanto mais forem fieis a um horário melhor ele funciona. Quantas mais forem as excepções mais dificuldades terão. Lembrem-se, no entanto que, uma noite fora do habito não se recupera na noite seguinte. Pode criar, sim, perturbações nos horários dos dias seguintes.Sem uma boa qualidade de sono, a criança anda continuamente em fadiga. Come pior, certamente terá menor capacidade de concentração, a tendência para a descoordenação motora fica aumentada.Amar uma criança não é querer fazer-lhe, por exemplo, a vontade de ficar a ver televisão até mais tarde. Ama-la é fazer o que é melhor para ela (Amor Incondicional), mesmo que isso vá contra os seus desejos (Regras e Limites).
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publicado por salinhadossonhos às 01:43
Terça-feira, 30 / 09 / 14

Como criar crianças equilibradas - Parte III

Como terceiro aspecto vou indicar " Qualidade de Vida"

Bem sei que esta designação pode por um lado ser demasiado generalista e por outro demasiado evidente. "Claro que para andar equilibrado é preciso ter qualidade de vida" podem alguns alegar, ou "Qualidade de vida... mas o que é isso?"
Considerando, como habitualmente os bebés e as crianças no patamar dos mamíferos gosto de, transversalmente , abranger o que os restantes mamíferos necessitam.
Mais do que os sapatinhos que usam - apesar de não andarem, no caso dos bebés; mais do que as calças de marca; mais do que o ultimo videojogo; as crianças necessitam de ter aprimorados 3 elementos que na minha opinião constituem "Qualidade de Vida" ou se lhe quisermos chamar "Higiene de Vida". 

E esses elementos são:

· exercício físico

· sono

· alimentação

Todos eles de igual importância.

Vamos então por partes.

O exercício físico (atenção: tema diferente de Desporto) contribui de forma activa para o bom funcionamento orgânico. Estimula o metabolismo, favorece a boa qualidade de sono, "abre" o apetite, melhora a coordenação. Exercício físico implica movimentação diversa. Caminhar não é exercício físico mas um sim tempo. Uma forma ritmada das pessoas se deslocarem tranquilamente. As crianças quando iniciam a locomoção (entre os 9 e os 18 meses) classicamente perdem peso (ou a curva estabiliza) e tendem a perder massa gorda. Mais tarde quando conseguem correr, desenvolvem músculos e trabalhar articulações e equilíbrio. 

Reparem que quando as crianças estão a brincar nos parques infantis, aguentam fazê-lo horas seguidas, mas raramente passam muito tempo a fazer o mesmo. Não criam padrões de utilização muscular.

Saiam com as crianças, levem ao parque, aos pinhais, praias, campos. Joguem "à bola", ao berlinde, saltem à corda, joguem à macaca... Sim disse "saiam", "levem", "joguem", "saltem". 

Lembrem-se: Os hábitos (os bons e os maus) criam-se tendo exemplos.
Foto: Como criar crianças equilibradas - Parte IIIComo terceiro aspecto vou indicar " Qualidade de Vida"Bem sei que esta designação pode por um lado ser demasiado generalista e por outro demasiado evidente. "Claro que para andar equilibrado é preciso ter qualidade de vida" podem alguns alegar, ou "Qualidade de vida... mas o que é isso?"Considerando, como habitualmente os bebés e as crianças no patamar dos mamíferos gosto de, transversalmente , abranger o que os restantes mamíferos necessitam.Mais do que os sapatinhos que usam - apesar de não andarem, no caso dos bebés; mais do que as calças de marca; mais do que o ultimo videojogo; as crianças necessitam de ter aprimorados 3 elementos que na minha opinião constituem "Qualidade de Vida" ou se lhe quisermos chamar "Higiene de Vida". E esses elementos são:·         exercício físico·         sono·         alimentaçãoTodos eles de igual importância.Vamos então por partes.O exercício físico  (atenção: tema diferente de Desporto) contribui de forma activa para o bom funcionamento orgânico. Estimula o metabolismo, favorece a boa qualidade de sono, "abre" o apetite, melhora a coordenação. Exercício físico implica movimentação diversa. Caminhar não é exercício físico mas um sim tempo. Uma forma ritmada das pessoas se deslocarem tranquilamente. As crianças quando iniciam a locomoção (entre os 9 e os 18 meses) classicamente perdem peso (ou a curva estabiliza) e tendem a perder massa gorda. Mais tarde quando conseguem correr, desenvolvem músculos e trabalhar articulações e equilíbrio. Reparem que quando as crianças estão a brincar nos parques infantis, aguentam fazê-lo horas seguidas, mas raramente passam muito tempo a fazer o mesmo. Não criam padrões de utilização muscular.Saiam com as crianças, levem ao parque, aos pinhais, praias, campos. Joguem "à bola", ao berlinde, saltem à corda, joguem à macaca... Sim disse "saiam", "levem", "joguem", "saltem". Lembrem-se: Os hábitos (os bons e os maus) criam-se tendo exemplos.
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publicado por salinhadossonhos às 01:41
Terça-feira, 23 / 09 / 14

Como criar crianças equilibradas - Parte II

Como segundo aspecto vou indicar "Amor Incondicional".

Uma criança (cria), como já vimos anteriormente quer, gosta e necessita de explorar. Vai acertar algumas vezes e vai errar muitas mais. É assim que se desenvolve a verdadeira aprendizagem e não exclusivamente pela transmissão de conhecimento ou experiências.
Podemos dizer muitas vezes a uma criança "não toques no forno porque está quente e vais-te magoar", mas o melhor professor é mesmo sentir o calor na pele. Cabe ao adulto moderar a situação e a exposição ao perigo, mas a criança depois de sentir o calor na pele vai olhar para aquele forno com "outros olhos". Simplesmente dizer que o forno está quente não vai transmitir a sensação de calor. Não faz com que haja um reconhecimento da sensação.

A forma como o adulto reage aos erros deve ser a mesma como reage aos sucessos. Com amor. Assim desta forma torna-se incondicional pois não depende da condição.

Amar incondicionalmente um filho não é ter uma conduta do "deixa andar e logo se vê" ou do "deixa fazer tudo o que o menino quiser", nem tão pouco dar tudo o que a criança quer e pede. Estes comportamentos colidem com a aspecto anteriormente falado "Regras e Limites". Quando digo que uma criança deve ser amada incondicionalmente é por exemplo não haver um padrão para dar colo. Sim as crianças devem ter colo. Alem de ser uma forma primitiva de as deslocar bebés/crianças de um ponto para outro é uma forma primaria de afecto. Existem umas teorias "por aí" que não se deve dar colo às crianças pois ficam mal habituadas... Isto não faz sentido algum. O colo não deve é surgir apenas e exclusivamente em situações especificas. Vejamos: uma crianças só recebe colo quando se magoa. Os pais não vêem a necessidade de dar colo por outros motivos, mas quando a criança cai ou se magoa já dão. Aqui passa a haver um padrão. O que acham que a criança vai fazer para obter colo? Sim vai magoar-se ou fingir que está magoada. Da mesma forma que a criança que só recebe colo quando faz coisas acertadas. Esta criança vai crescer com medo de errar, e reparem é com base nos erros que se elevam fasquias e que se atingem melhores patamares.

Portanto não havendo padrão o colo passa a ser um momento de partilha e contacto entre progenitor/cria.

Obviamente que com isto não quero dizer que as crianças devam andar sempre a colo. No entanto os bebés sim. O transporte verticalizado seja nos panos de transporte seja nas mochilas ergonómicas, bate aos pontos os carrinhos, ovos, alcofas e espreguiçadeiras (consultem a Nota: Formas de Transporte de Bebés). 

O "Amor Incondicional" é então estar presente, apoiar e ajudar a evoluir nos bons e maus momentos. Não é comprar, fazer pela criança, comparar, subjugar, deixar andar. 
Importantíssimo nunca confundir "Amor Incondicional" com "Liberdade Total". 

O "Amor Incondicional" não dá à criança a sensação de "costas quentes e posso fazer tudo o que quero" (porque aí o processo de Regras e Limites está a actuar" mas, dá sim a noção que tem apoio e que mesmo que as coisas não corram de forma ideal continuará a ser amada. Como é que alguém que não sabe o que é o Amor pode amar?

Por vezes os pais, por cansaço, por não conseguirem separar os problemas do trabalho com os de casa, às vezes mesmo por incapacidade de fazer melhor, por frustração ... não conseguem mostrar este "Amor Incondicional" nos dias em que a criança está menos fácil. 

Por vezes consideram-se maus pais e procuram criar compensações pelos menos bons comprando um brinquedo... comprando um sorriso momentâneo.

"Amor Incondicional" compreende, na minha opinião, assertividade, calma, sentido de oportunidade, carinho.
Foto: Como criar crianças equilibradas - Parte IIComo segundo aspecto vou indicar "Amor Incondicional".Uma criança (cria), como já vimos anteriormente quer, gosta e necessita de explorar. Vai acertar algumas vezes e vai errar muitas mais. É assim que se desenvolve a verdadeira aprendizagem e não exclusivamente pela transmissão de conhecimento ou experiências.Podemos dizer muitas vezes a uma criança "não toques no forno porque está quente e vais-te magoar", mas o melhor professor é mesmo sentir o calor na pele. Cabe ao adulto moderar a situação e a exposição ao perigo, mas a criança depois de sentir o calor na pele vai olhar para aquele forno com "outros olhos". Simplesmente dizer que o forno está quente não vai transmitir a sensação de calor. Não faz com que haja um reconhecimento da sensação.A forma como o adulto reage aos erros deve ser a mesma como reage aos sucessos. Com amor. Assim desta forma torna-se incondicional pois não depende da condição.Amar incondicionalmente um filho não é ter uma conduta do "deixa andar e logo se vê" ou do "deixa fazer tudo o que o menino quiser", nem tão pouco dar tudo o que a criança quer e pede.  Estes comportamentos colidem com a aspecto anteriormente falado "Regras e Limites". Quando digo que uma criança deve ser amada incondicionalmente é por exemplo não haver um padrão para dar colo. Sim as crianças devem ter colo. Alem de ser uma forma primitiva de as deslocar bebés/crianças de um ponto para outro é uma forma primaria de afecto. Existem umas teorias "por aí" que não se deve dar colo às crianças pois ficam mal habituadas... Isto não faz sentido algum. O colo não deve é surgir apenas e exclusivamente em situações especificas. Vejamos: uma crianças só recebe colo quando se magoa. Os pais não vêem a necessidade de dar colo por outros motivos, mas quando a criança cai ou se magoa já dão. Aqui passa a haver um padrão. O que acham que a criança vai fazer para obter colo? Sim vai magoar-se ou fingir que está magoada. Da mesma forma que a criança que só recebe colo quando faz coisas acertadas. Esta criança vai crescer com medo de errar, e reparem é com base nos erros que se elevam fasquias e que se atingem melhores patamares.Portanto não havendo padrão o colo passa a ser um momento de partilha e contacto entre progenitor/cria.Obviamente que com isto não quero dizer que as crianças devam andar sempre a colo. No entanto os bebés sim. O transporte verticalizado seja nos panos de transporte seja nas mochilas ergonómicas, bate aos pontos os carrinhos, ovos, alcofas e espreguiçadeiras (consultem a Nota:  Formas de Transporte de Bebés). O "Amor Incondicional" é então estar presente, apoiar e ajudar a evoluir nos bons e maus momentos. Não é comprar, fazer pela criança, comparar, subjugar, deixar andar. Importantíssimo nunca confundir "Amor Incondicional" com "Liberdade Total". O "Amor Incondicional" não dá à criança a sensação de "costas quentes e posso fazer tudo o que quero" (porque aí o processo de Regras e Limites está a actuar" mas, dá sim a noção que tem apoio e que mesmo que as coisas não corram de forma ideal continuará a ser amada. Como é que alguém que não sabe o que é o Amor pode amar?Por vezes os pais, por cansaço, por não conseguirem separar os problemas do trabalho com os de casa, às vezes mesmo por incapacidade de fazer melhor, por frustração ... não conseguem mostrar este "Amor Incondicional" nos dias em que a criança está menos fácil. Por vezes consideram-se maus pais e procuram criar compensações pelos menos bons comprando um brinquedo... comprando um sorriso momentâneo."Amor Incondicional" compreende, na minha opinião, assertividade, calma, sentido de oportunidade, carinho.
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publicado por salinhadossonhos às 01:38
Terça-feira, 16 / 09 / 14

Como criar crianças equilibradas - Parte I

Consultório de Osteopatia Gonçalo Costa

Vou nos próximos dias escrever como, na minha opinião, criar crianças equilibradas e respectiva justificação.

Creio que é necessário ter em conta 3 aspectos para se criar uma criança equilibrada. Não são três aspectos expostos por ordem de importância pois sem um, os outros falham.

Como primeiro vou indicar " Regras e Limites".

Uma criança para ser feliz e equilibrada deve explorar o mundo (o seu mundo) livremente. Contudo a liberdade deve ser proporcional à responsabilidade. Como não faz sentido exigir responsabilidades a um bebé ou a uma criança muito nova, as liberdades devem ser restritas. Assim sendo, os pais, devem criar limites "à direita e à esquerda" e deixar que a criança se mova e explore livremente o que se encontra dentro desses limites. 

Um bebé não tem noção do que é e significa "Perigo". Não sabe o efeito e consequências do que é brincar com electricidade ou brincar livremente à beira-mar ou à beira de uma piscina. Ele quer única e exclusivamente explorar. 
Assim sendo "Regras e Limites" protegem a criança dela própria e das escolhas que ela toma sem consciência. Cabe aos pais essa responsabilidade.

À medida que vão crescendo e desenvolvendo-se, aumenta a sua percepção de determinadas responsabilidades. Desta maneira os pais, devem naturalmente afastar o limite da esquerda do limite da direita e aumentar a liberdade de movimento da criança. Quando são pequeninas as crianças andam, tendencialmente, de mão dada com o adulto, por exemplo para atravessar a estrada. O adulto, como maior responsabilidade, controla as acções da criança impedindo-a de, seguindo o caso anterior, começar a correr para a estrada sem verificar se o pode fazer em segurança. Quando a criança fica mais velha e com isso vem a noção de que deve observar a estrada antes de a atravessar (noção esta que foi ditada pelas regras colocadas) a criança já não necessita de andar de mão dada com o adulto. Pode fazê-lo, mas, neste caso e no que diz respeito às "Regras e Limites" deixa de ser necessário. 

As "Regras e Limites" não servem para condicionar o desenvolvimento, servem sim para protecção!

Os exemplos dados são apenas uns ... não são específicos!

Imaginem a seguinte situação uma criança quer ficar a brincar na piscina (ou no mar) mesmo já apresentando sinais claros de hipotermia (tremores, lábios roxos, olhos vermelhos). Os pais dizem "é melhor saíres da água porque senão ficas doente!" mas a brincadeira está boa e a diversão de saltar para dentro de água supera o "fresquinho" que sente. No dia seguinte o corpo reage e desenvolve febre ... a criança adoece. Os pais dizem "eu não te disse para saíres? agora olha estás doente... é para aprenderes!"

Na realidade a criança não aprende nada. Vai voltar a repetir o processo vezes e vezes sem conta. A maturidade do lobo frontal, a parte do cérebro que nos indica e nos dá a noção de "certo e errado - arriscado e seguro" desenvolve-se mais tarde - nas meninas da adolescência nos rapazes na pós adolescência. Cabe aos pais, neste exemplo, terem o processo de "Regras e Limites" activo e tirar a criança da água se esta está a apresentar estes sinais.

Portanto, ao longo da sua vida a criança deve ter uma relação estreita entre a liberdade que tem e a responsabilidade que tem.

Nota 1: Uma criança equilibrada e uma criança educada são temas diferentes. A criança equilibrada age correctamente para si própria, para o seu organismo para a sua mente. A educação prende-se mais com aspectos culturais e civilizacionais. 
Nota 2: Pais autoritários e pais tiranos são também temas diferentes. Jamais devem ser confundidos.
Foto: Como criar crianças equilibradas - Parte IVou nos próximos dias escrever como, na minha opinião, criar crianças equilibradas e respectiva justificação.Creio que é necessário ter em conta 3 aspectos para se criar uma criança equilibrada. Não são três aspectos expostos por ordem de importância pois sem um, os outros falham.Como primeiro vou indicar " Regras e Limites".Uma criança para ser feliz e equilibrada deve explorar o mundo (o seu mundo) livremente. Contudo a liberdade deve ser proporcional à responsabilidade. Como não faz sentido exigir responsabilidades a um bebé ou a uma criança muito nova, as liberdades devem ser restritas. Assim sendo, os pais, devem criar limites "à direita e à esquerda" e deixar que a criança se mova e explore livremente o que se encontra dentro desses limites. Um bebé não tem noção do que é e significa "Perigo". Não sabe o efeito e consequências do que é brincar com electricidade ou brincar livremente à beira-mar ou à beira de uma piscina. Ele quer única e exclusivamente explorar. Assim sendo "Regras e Limites" protegem a criança dela própria e das escolhas que ela toma sem consciência. Cabe aos pais essa responsabilidade.À medida que vão crescendo e desenvolvendo-se, aumenta a sua percepção de determinadas responsabilidades. Desta maneira os pais, devem naturalmente afastar o limite da esquerda do limite da direita e aumentar a liberdade de movimento da criança. Quando são pequeninas as crianças andam, tendencialmente, de mão dada com o adulto, por exemplo para atravessar a estrada. O adulto, como maior responsabilidade, controla as acções da criança impedindo-a de, seguindo o caso anterior, começar a correr para a estrada sem verificar se o pode fazer em segurança. Quando a criança fica mais velha e com isso vem a noção de que deve observar a estrada antes de a atravessar (noção esta que foi ditada pelas regras colocadas) a criança já não necessita de andar de mão dada com o adulto. Pode fazê-lo, mas, neste caso e no que diz respeito às "Regras e Limites" deixa de ser necessário. As "Regras e Limites" não servem para condicionar o desenvolvimento, servem sim para protecção!Os exemplos dados são apenas uns ... não são específicos!Imaginem a seguinte situação uma criança quer ficar a brincar na piscina (ou no mar) mesmo já apresentando sinais claros de hipotermia (tremores, lábios roxos, olhos vermelhos). Os pais dizem "é melhor saíres da água porque senão ficas doente!" mas a brincadeira está boa e a diversão de saltar para dentro de água supera o "fresquinho" que sente. No dia seguinte o corpo reage e desenvolve febre ... a criança adoece. Os pais dizem "eu não te disse para saíres? agora olha estás doente... é para aprenderes!"Na realidade a criança não aprende nada. Vai voltar a repetir o processo vezes e vezes sem conta. A maturidade do lobo frontal, a parte do cérebro que nos indica e nos dá a noção de "certo e errado - arriscado e seguro" desenvolve-se mais tarde - nas meninas da adolescência nos rapazes na pós adolescência. Cabe aos pais, neste exemplo, terem o processo de "Regras e Limites" activo e tirar a criança da água se esta está a apresentar estes sinais.Portanto, ao longo da sua vida a criança deve ter uma relação estreita entre a liberdade que tem e a responsabilidade que tem.Nota 1: Uma criança equilibrada e uma criança educada são temas diferentes. A criança equilibrada age correctamente para si própria, para o seu organismo para a sua mente. A educação prende-se mais com aspectos culturais e civilizacionais. Nota 2: Pais autoritários e pais tiranos são também temas diferentes. Jamais devem ser confundidos.
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publicado por salinhadossonhos às 01:35

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